A montagem das alianças políticas nos municípios, registradas nas convenções municipais, colocou por terra a tese de carnaval de bumbo furado, de que teríamos uma eleição entre direita e esquerda no estado. É só olhar para os palanques montados que se verá que a tese defendida, foi como um castelo de cartas: não resistiu ao sopro dos interesses políticos regionais. Em Cruzeiro do Sul, estão no palanque do candidato a prefeito Zequinha Lima (PP), o PL do extremista de direita senador Márcio Bittar; o PCdoB do deputado Edvaldo Magalhães; o PT do Jorge Viana, o UB e, ainda o próprio PP, que posa de puro.
No Bujari, no palanque do prefeito Padeiro (PDT) estão juntos e misturados o PL, o PP e o PCdoB. Citei apenas estes cenários, que se repetem na maioria dos municípios, com os partidos de direita juntos e misturados com as siglas de esquerda. O mais curioso é que os dirigentes de partidos de direita, como o senador Márcio Bittar (UB), execram uma aliança aos mesmos moldes na eleição da capital. É uma seletiva canhestra: vale no interior, mas não vale na capital? Só que a entrada do REPUBLICANOS, presidido por um político de direita, deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS), na aliança do candidato a prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), formando assim uma frente política ampla, foi o sopro que derrubou o castelo de cartas de uma disputa da direita contra à esquerda na capital.
A eleição nesta aldeia é paroquial, não tem nada de ideológica, e vai vencer a disputa pela PMRB, quem conseguir uma maior empatia com os votos dos grotões. Não adianta tentar se inventar a pólvora, porque já foi inventada.
LEI DA FÍSICA
CONTINUA a briga entre o senador Alan Rick (UB) e o secretário estadual Fábio de Rueda (UB), pelo controle dos diretórios municipais do União Brasil, com as decisões judiciais se alternando ora a favor de um e ora a favor de outro. Na lei física, senador Alan Rick (UB), dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Vai ter que espirrar do UB. Porque o dono nacional do partido, Antônio de Rueda, é irmão do Fábio de Rueda. Você já perdeu essa guerra pelo comando do UB.
CONVERSA MARCADA
O PRESIDENTE do MDB, Flaviano Melo, tem uma conversa marcada com a deputada federal Socorro Neri (PP), prevista para a semana que começa, na capital. Por certo, não devem conversar sobre as eleições na Venezuela. Neri começou a vida política no PMDB, hoje MDB.
NÃO TEM SAÍDA
A SOCORRO NERI trabalha com a possibilidade de uma candidatura majoritária em 2026. Os números das pesquisas lhe são favoráveis. Só que no PP não existe espaço para ela.
CONVENÇÃO QUE SACUDIU
O PREFEITO Zequinha Lima (PP) fez uma convenção municipal que sacudiu Cruzeiro do Sul, com forte presença de público. Sua candidatura é ancorada num amplo leque de aliados.
REFLEXOS NAS PESQUISAS
A SABER agora se a configuração da sua aliança se refletirá no apoio popular. As próximas pesquisas vão mostrar o real panorama da disputa.
NOME PARA 2026
QUALQUER avaliação que se fizer da atual legislatura da Assembléia Legislativa, não se pode deixar de fora o deputado Pedro Longo (PDT), com um mandato produtivo e participativo. Tem credencial para buscar um mandato de deputado federal em 2026.
JOGANDO COM O FALSO
ALGUÉM precisa dizer ao prefeito Tião Bocalom (PL) que o ex-presidente Bolsonaro não pode ser candidato em 2026, se encontra inelegível por oito anos. Não se projeta o futuro em cima do irreal.
NEM ENTROU
CONVERSANDO ontem com quem conhece bem o colégio eleitoral de Xapuri, ouvi que não será fácil derrotar o candidato a prefeito Maxsuel Maia (PP) – não pelo seu potencial individual – mas por estar amparado no apoio do deputado Manoel Moraes (PP), que tem forte base política no município.
ESTÁ NA DISPUTA
O VEREADOR Samir Bestene (PP) não deve ser visto como um nome fora da disputa de mais um mandato. Tem a tia Nabiha Bestene secretária municipal de Educação: o pai e ex-deputado José Bestene como secretário estadual, e um caminhão de cargos na PMRB, indicados por ele. E, também, não foi mudo no mandato. Está no jogo.
MULHERES NA LUTA
NESTA eleição, a maioria dos que disputam as prefeituras são homens. De mulheres, na briga para valer, teremos apenas a Rosana Gomes (PP), em Senador Guiomard; Sara Frank (MDB), em Capixaba; a Leila Galvão (MDB), em Brasiléia e a Néia (PDT), em Tarauacá. Muito pouco num eleitorado majoritariamente de mulheres.
NÃO FAZEM PESQUISAS
QUEM faz pesquisa, registra, e é responsável pelo resultado, é o instituto que colhe as intenções de votos. Os jornalistas, os meios de comunicação, apenas divulgam. É preciso que isso fique bem claro.
DATA DE LARGADA
CLARO que, as campanhas já estão nas ruas. Mas, para valer, liberado pela legislação eleitoral, somente depois de 15 de agosto, quando todas as candidaturas estarão registradas e se verá quem tem café no bule.
SITUAÇÃO DELICADA
O SENADOR Alan Rick (UB) ficou numa situação delicada na eleição da capital, onde não aparece na foto do cenário da disputa do governo em 2026, dentro do grupo que apoia a candidatura do prefeito Bocalom.
FOI UM ERRO
A PREFEITA de Brasiléia, Fernanda Hassem, ganhou todas as eleições que disputou, nisso foi uma craque. Mas se esqueceu de forjar ao longo do seu mandato um nome com o seu perfil, para disputar a sua sucessão. Ela é uma ganhadora de eleição, a dúvida está se conseguirá transformar isso em votos no seu candidato a prefeito. Transferir votos não é fácil.
ELEIÇÃO DISPUTADA
VAMOS ter em Epitaciolândia uma eleição para a prefeitura muito disputada. A disputa tende a polarizar entre os candidatos Everton Soares (PP) e o prefeito Sérgio Lopes (PL).
MAIORIA DAS VAGAS
OS partidos com chapas mais fortes para a Câmara Municipal de Rio Branco são o PP, MDB, PL, União Brasil, PSDB e SOLIDARIEDADE. Devem ficar com a maioria das vagas. Os demais vão ocupar as restantes das cadeiras. Apenas o PL, NOVO, PSB e MDB, serão beneficiados pelo chamado voto de legenda.
CAMPANHA PEGADA
UMA das campanhas mais duras e pegadas é a para vereador. Em Rio Branco, por exemplo, deveremos ter em média 200 mil votos válidos, disputados por cerca de 400 candidatos. Eleição para vereador, é a mais paroquial que existe, por acontecer num nicho centralizado de votos e com muitos candidatos.
SUMIU NA CAMPANHA
QUEM sumiu na campanha do prefeito Tião Bocalom (PL) foi o seu vice Alysson Bestene (PP). O Alysson é um político do bem, honrado, qualificado, mas não tem a mínima empatia popular, fato registrado em todas as pesquisas quando disputava como prefeito de Rio Branco, na pré-campanha. Talvez, por isso é deixado de lado na campanha do Boca.
CONHECE O CAMINHO
ALÉM de ter melhorado a gestão, a prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes (PP), terá no comando da sua reeleição o seu irmão e ex-prefeito James Gomes, que conduz como poucos uma campanha.
A DISCUSSÃO É OUTRA
TOLICE, infantilidade política, se ficar atacando as gestões do PT, no estado. O PT não é mais situação. O PT já foi varrido pelas urnas do poder faz um bom tempo, não tem na capital um deputado e nem um vereador. O que vai estar em debate na eleição da capital é a gestão do prefeito Bocalom, sobre os seus acertos e os seus erros. A discussão será essa.
ESTÃO ALINHADAS
A FONTE é boa: a deputada federal Socorro Neri (PP) e a vice-governadora Mailza Assis (PP) se realinharam, politicamente. Devem estar juntas em 2026, foi o que ouvi.
VOTO ÚTIL
EM TODAS as campanhas os candidatos a vereadores ficam observando quem vai chegar na reta final na frente para a prefeitura. Se vislumbram que seu candidato não vai ganhar deixam de pedir votos para ele, recuam, e muitos fazem acordos de bastidores com o adversário. O chamado “voto útil” acontece em toda eleição. E deve se repetir na deste ano.
FRASE MARCANTE
“Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto que seja para melhor”. Winston Churchill, estadista inglês.