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A arte naif de José Matos em exposição no Palácio das Secretarias

O governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Administração (Sead) e de Planejamento (Seplan), apresentará a mais recente exposição do renomado artista José Matos, intitulada “Exposição Resgate”. A mostra estará aberta para visitação a partir de terça-feira, 21, às 9h, na Galeria de Arte do Palácio das Secretarias. Como parte especial do evento de abertura, haverá uma apresentação de dança cigana conduzida pela professora Paula Santos.

José da Silva Matos, membro da Associação de Artistas Plásticos do Acre (Aapa), nasceu na capital acreana em 24 de janeiro de 1964 e é autodidata. Seguindo os princípios da arte naïf, suas pinturas retratam predominantemente o ambiente rural da região, o cotidiano dos seringueiros e agricultores. Suas obras derivam das memórias de sua infância, um passado ao qual sempre retorna, e de seu presente.

Sua nova exposição é um retorno às pinturas. Após anos sem pintar, volta com um olhar mais maduro e atento. José Matos conta que suas novas obras são das suas andanças: “Eu parei de pintar por oito anos. Mas comecei a pensar novamente, esse tempo que tive escondido pela floresta, estava criando novas ideias, observando novas paisagens, fiz muita pescaria, acrescentou na minha arte. Minhas obras são sobre a floresta, as chácaras, aquelas colônias que andei. Então, eu andava por elas e botava no papel, e falava “um dia eu vou pintar novamente, eu vou pintar isso aqui”. Eu retrato a vida na região Norte, dentro da floresta, no interior, a vida do agricultor, as minhas vivências”.

Sua carreira o estabeleceu como um dos principais artistas do movimento de arte naïf na região, sendo reconhecido não apenas no Acre, mas também em âmbito nacional por suas participações frequentes na Bienal Brasileira de Arte Naïf e em exposições itinerantes em espaços culturais de São Paulo.

Arte naïf
A arte naïf busca expressar a realidade de forma única e não naturalista, com cores vibrantes e proporções distorcidas. No Brasil, artistas como Djanira, Heitor dos Prazeres e Hélio Melo representam esse estilo. A arte naïf captura cenas do cotidiano de maneira significativa, oferecendo uma visão autêntica do mundo.

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