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A Federação do Comércio do Acre (Fecomércio) prevê elevação do endividamento da população por causa das despesas típicas deste período do ano.
O consultor da Federação, Egídio Garó, avalia que o aumento é impulsionado por pagamneot do IPVA, imposto de renda e outros. “Principalmente por conta das obrigações comuns de início de ano como: matrículas escolares, pagamento do IPVA, do IPTU e do Imposto de Renda, todos cobrados na mesma época”, analisa o consultor.
Para pagar ao menos parte das contas, 29,6% da população realiza serviços extras –“bicos”, como são popularmente conhecidos os trabalhos temporários.
Essa constatação está na pesquisa divulgada na quinta-feira (17) afirmando que, na média, 33,2% da população de Rio Branco compromete até 30% de sua renda comprometida com dívidas.
Ainda em relação ao comprometimento da renda, outra parcela, de 30,6%, tem até 50% da renda destinada apenas ao pagamento de débitos. A pesquisa observa também que, em março de 2021, 37,8% dos endividados comprometiam 30% e, 26,8%, 50%, respectivamente.
Conforme o levantamento, 64,0% da população endividada têm dificuldade quanto à manutenção regular das obrigações com dívidas, entretanto, a situação demonstra melhora de 7,8% considerando uma redução desses endividados (dificuldade de regularidade das obrigações com dívidas), entre março/2021 (69,4%) e março/2022 (64,0%).
A pesquisa também aponta uma situação recente em que o valor com dívidas desembolsado pelo endividado (44,5%) no mês atual foi menor que no mês passado. No mês passado, 43,8% da população admitem maior valor desembolsado. Além disso, quando se considera os últimos 12 meses, a pesquisa mostra que em março/2021, a população (49,5%) tinha prestação em valor maior que o atual (43,8%), assim como 34,5% tinham prestação em valor menor que o atual (44,5%).
Segundo o estudo, 72% da população precisa de 30 dias para a regularização de dívidas pendentes. Outra parcela, de 15,3%, precisa de 31 a 45 dias. Os demais endividados (12,8%), necessitam de tempo acima de 46 dias.
Outra parcela, de 22,4%, deixa de pagar dívidas escolhidas; 16,9% levantam dinheiro sob empréstimo; 13,9% excluem itens de consumo do orçamento doméstico e 12,9% priorizam contas essenciais. Por fim, 4,2% afirmam não ter dívidas.
Para 21,6% da população, o principal compromisso financeiro mensal é do cartão de crédito. Em seguida, 17,2% apontam o “carnê de lojas”. No mais, o aluguel é o mais pesado para 13,7% da população e a alimentação, para 7%. A significativa parcela remanescente (40,5%) tem como compromissos de maior preocupação, o financiamento de carro, a conta de energia, pagamento de pensão, empréstimos bancários, dentre outros.
Por fim, a pesquisa informa sobre 39,3% da população inscrita em serviços de proteção a créditos. Outra parcela de 57,8% se apresenta isenta da situação e 3% não informa. A proporção de endividados isentos de restrição ao crédito teve aumento positivo de 4,1% entre março/2021 (55,5%) a março de 2022 (57,8%). O estudo, realizado nos últimos dias 10 e 11 de março, avaliou 400 pessoas.

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