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acSaúde alerta para causas e consequências irreparáveis do diabetes no Acre

O diabetes é uma doença que marca a vida com lutas diárias, e que expõe inúmeros riscos à saúde, além de provocar a morte de uma pessoa a cada seis segundos, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil há mais de 14 milhões de pessoas com a doença.

A situação é preocupante, pois muitos não foram diagnosticados e os perigos aumentam consideravelmente, uma vez que a doença é responsável por mais de 70% das amputações, que são decorrentes de complicações. De acordo com informações obtidas por meio do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou 1.032 pessoas no Acre, e atualmente, em Rio Branco, no ano passado foram realizadas 87 amputações por pé diabético. Já neste ano, de janeiro a maio, são 48 amputações no Pronto-socorro.

No Brasil, no ano passado, de janeiro a agosto ocorreram 10.546 amputações feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A sociedade fica surpresa com as consequências do diabetes, pois desconhece o quanto ela pode prejudicar e provocar distúrbios e problemas na saúde, tais como a cegueira, doenças vasculares, insuficiência renal e dor nos nervos, além da fraqueza que geralmente se sente nas mãos e pés.

Assim, o diagnóstico para detectar o diabetes é feito por meio de um exame comum, que precisa de uma gota de sangue para a obtenção do resultado da taxa glicêmica e leva somente alguns minutos. Mas há também outro exame mais profundo, o da curva glicêmica, que é feito em diversas etapas e mede a tolerância a glicose. A avaliação observa a capacidade do organismo de processar a quantidade de glicose no sangue.

Neste ano ocorreu a 74ª Assembleia Mundial da Saúde e teve como tema o controle do  diabetes, além da apresentação da retomada do debate sobre a meta global que objetiva a prevenção e o tratamento do diabetes na atenção primária à saúde e nos planos de cobertura universal de saúde.

Serviço na Fundhacre

Após a cirurgia, os pacientes são encaminhados para o Setor do Pé Diabético, na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). O serviço existe há mais de 14 anos e oferece cuidados específicos em curativos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que passaram por alguma remoção de extremidades do corpo.

As causas do diabetes estão relacionadas à obesidade, excesso de peso, consumo abusivo de álcool e tabagismo. Um estilo de vida com hábitos ruins pode provocar um mau funcionamento do organismo e prejudicar o sistema de defesa do corpo. Praticados por longos períodos, esses procedimentos comprometem o bem-estar, prejudicando a saúde.

“A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio de instituições como a Fundhacre tem procurado orientar a sociedade a adotar hábitos saudáveis e prevenir o diabetes, enfermidade silenciosa que prejudica a vida em diversos aspectos. Não podemos ignorá-la, é indispensável ficar alerta para os sintomas e buscar ajuda médica, é preciso continuar o tratamento, para que não haja danos irreparáveis”, enfatiza o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.

Os principais sintomas do diabetes são sede excessiva, fome intensa, cansaço inexplicável, visão embaçada e ferimentos que demoram para cicatrizar. A enfermidade pode ser classificada como tipo 1 e 2. No primeiro, a doença surge geralmente na infância ou adolescência e ataca o sistema autoimune. Já o tipo 2 aparece quando o organismo não realiza adequadamente a insulina que produz ou não a fornece de maneira suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas têm esse tipo, que é manifestado com mais frequência nos adultos.

A dificuldade com cicatrização de feridas nem sempre é percebida como um alerta pelas pessoas com diabetes, mas contribui para a amputações de membros, como aconteceu com José Alberto Souza, de 55 anos, que há 20 descobriu a doença.

“Passei mais de 30 anos trabalhando como mecânico de máquinas pesadas, minha história com essa doença se agravou quando caí na esteira da máquina. Meu pé ficou prensado, não atentei para a gravidade. Depois notei o pé inchado, e uma bactéria já havia infectado meus dedos. Fui encaminhado para o pronto-socorro, fiquei dois dias em observação e precisei amputar quatro dedos. E desde então, tem um mês que venho fazer curativo “, relatou ele no ambulatório do Pé Diabético.

 

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