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Livro confronta Guerra do Acre: “Não foi revolução nem acreana”

Da

Ufac

O professor de História da Ufac, Eduardo de Araújo Carneiro, lançou seu sexto livro sobre história do Acre, intitulado “Não Foi Revolução Nem Acreana” (191 p.). A obra confronta, em três capítulos, as primícias fundamentais da Revolução Acreana, em oposição à narrativa da história oficial, e busca oferecer uma leitura nova a um tema debatido por diferentes autores.

Carneiro destaca que o trabalho é inovador, sendo revisionista. Ele revisitou fontes primárias sobre história do Acre, tendo como foco o processo de anexação. Assim confrontou as fontes oficiais com outras que foram surgindo em pesquisas realizadas em acervos de Brasília, Manaus e Rio de Janeiro. “A inovação está em quebrar paradigmas e ir de encontro com o conhecimento histórico já consolidado no imaginário social; mas, mediante pesquisa, conseguimos trazer à comunidade letrada uma nova visão sobre esse período da formação histórica do Acre”, explica.

O posicionamento do professor diverge do que a história tradicional denominou de Revolução Acreana. “Não foi uma revolução pois não mudou nada. O Acre, a região, as relações de poder, a situação do seringueiro não mudou com a dita revolução”, comenta. “E ela não foi acreana, já que foi organizada, na verdade, em Manaus, e a junta revolucionária era composta por pessoas ligadas diretamente ao governo do Amazonas.”

O livro conta com versão digital e impressa, foi escrito no período da pandemia do novo coronavírus, é uma publicação independente e faz parte de uma sequência de livros que foram lançados pelo autor. Esse é o penúltimo livro da série, segundo Carneiro. “Ainda falta um que está 90% escrito e aí eu encerro esse meu projeto pessoal de fazer essa revisão desse período fundador do Acre.”

O trabalho faz parte do relatório de pesquisa de estágio que o professor fez durante o pós-doutorado na Universidade Federal do Amazonas e foi publicado pela EaC Editor, editora independente do próprio autor.

 

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