Os municípios da região Norte foram os que menos receberam recursos do Ministério da Saúde por habitante para combater a covid-19.
Entre as 450 cidades nortistas, a menos beneficiada pelos repasses federais foi Manaus, que enfrenta novo colapso do sistema de saúde, com explosão de contágios e falta de oxigênio em hospitais.
Os dados foram compilados pela organização Repórter Brasil com base no Fundo Nacional de Saúde, que gerencia a aplicação dos recursos federais no SUS. Foi considerado apenas o valor transferido aos municípios para ser aplicado em ações contra o novo coronavírus, desde o início da pandemia até 31 de dezembro de 2020.
Nesse contexto, segundo o Repórter Brasil, Rio Branco recebeu R$31,95 por habitante para Covid-19, valor que só é superior ao de Manaus –e isso em nível nacional, levando em conta o ranking das capitais.
Para efeito de comparação, Nova Mamoré, um pequeno município no interior de Rondônia, recebeu R$60 –e Macapá, capital do Amapá, também obteve os mesmos R$60.
Repórter Brasil explica que o levantamento considera apenas as transferências para ações de saúde contra o coronavírus e não inclui as transferências de rotina para o SUS, cujo valor em 2020 (R$ 59 bi) foi inferior ao de 2019 (R$ 60 bi). Ficaram de fora também outros repasses feitos pelo governo no período, como os R$ 293 bilhões pagos como auxílio emergencial e os R$ 60 bilhões repartidos entre Estados e municípios para compensar perdas de arrecadação.
“Quando se analisa apenas as capitais, Manaus, Rio Branco e Porto Velho (RO) foram as que menos receberam. O Rio de Janeiro aparece na 7º posição, com R$ 61 por habitante, e São Paulo na 9º, com R$ 62 per capita. A capital que mais recebeu os recursos do governo federal de forma proporcional à população foi Porto Alegre, com R$ 229 por habitante, valor 107% acima da média nacional”, diz a RB.
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