É comum a cena de uma mãe segurando o bebê no colo, afagando-o sobre o peito ou a de um recém-nascido sendo carregado pelos pais numa espécie de bolsa que garante aconchego ao pequeno.
Conhecida como Método Canguru, a estratégia, além de garantir maior vínculo afetivo entre o recém-nascido e os pais, tem comprovação científica de possibilitar ao bebê prematuro um desenvolvimento mais rápido.
Referência na aplicação do método no Acre, a Maternidade Bárbara Heliodora ofereceu, na tarde desta terça-feira, 22, uma capacitação aos profissionais da unidade e, também, aos do Hospital Santa Juliana que atuam dentro das unidades de terapia intensiva (UTI) neonatais.
O objetivo é que, por meio das capacitações, sejam fortalecidos os resultados visados pelo método, que são: acolhimento humanizado à mãe desde a primeira fase na UTI, a instrução à posição canguru, o cuidado e o aleitamento materno do recém-nascido prematuro e toda a conduta dos profissionais”, explica a coordenadora estadual do método, Vânia Lima.
Ainda, segundo Vânia, o bebê é acompanhado pela unidade até que atinja 2,5 kg e então seja conduzido pela Atenção Básica. Ela fala ainda que o contato físico entre o bebê prematuro, que fica de fralda, e a mãe, que fica sem sutiã, ou o pai, diminui o risco de infecções, faz com que o recém-nascido ganhe peso e tenha a temperatura estabilizada.
“Com a adoção do método, percebeu-se que os óbitos foram diminuindo. O Brasil começou a disseminar a prática em 1992 e a Maternidade Bárbara Heliodora é referência no Acre para esse método”, destacou Vânia.