O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) se manifestou por meio de uma nota de esclarecimento na manhã desta sexta-feira, 3, sobre a Operação Citricultor, desencadeada pela Polícia Federal no Acre há três dias, onde o partido é investigado pela possível prática de crimes eleitorais.
De acordo com a direção executiva diz que não fez nada de errado, se coloca à disposição da justiça e afirma, mesmo sem citar nome, que o partido é vítima da ação orquestrada por um próprio filiado. “O PSOL está sendo vítima de uma narrativa odiosa produzida uma pessoa desequilibrada e sem caráter e que, por erro de avaliação, havia sido acolhida no seio do nosso partido. Sabe-se, hoje, que esse indivíduo já foi preso por mais de uma vez, inclusive, por crimes de falsidade ideológica e estelionato, motivos que levaram a Direção Nacional a afastá-lo dos quadro do partido e se encontra no conselho de ética em processo de expulsão”.
Leia a nota do PSOL:
Em razão da noticiada operação promovida pela Polícia Federal envolvendo membros do PSol no dia 30 de junho de 2020, relacionada às eleições do ano de 2018, sua direção estadual vem a público prestar os seguintes esclarecimentos à sociedade acriana:
1 – O Partido apresentou 16 candidaturas, respeitando o percentual mínimo de 30% para candidaturas femininas.
2 – Em conformidade com a legislação, todas as candidaturas receberam recursos do fundo eleitoral, tendo-se destinado o percentual mínimo previsto em lei às candidaturas femininas. Importante registrar que as contas do partido e de todas as candidatas mulheres foram aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
3 – O custo das campanhas de todos os 16 candidatos, foi de R$ 545.000,00 (quinhentos e quarenta e cinco mil reais), conforme havia sido definido e aprovado pela Direção Nacional do PSOL. A distribuição desses recursos foi orientada pelo objetivo principal do partido, que era romper a cláusula de barreira, sem o que não teria como garantir sua existência. Para isso, em todo o país, o PSOL priorizou as candidaturas aos cargos de deputado federal e senador, razão pela qual dos R$ 545.000,00 (quinhentos e quarenta e cinco mil reais), os candidatos a deputado federal receberam R$ 400.000,00 (quatrocentos mil) reais. Considerando a obrigatoriedade de destinação de, no mínimo, 30% desse valor às candidaturas femininas, foram destinados R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) à única candidata mulher para esse cargo, do partido.
4 – O recurso remanescente – R$ 145.000,00 (cento e quarenta e cinco mil) reais – foi distribuído entre as 11 candidaturas estaduais, também respeitando o mínimo de 30% para as candidatas mulheres.
5 – O PSol e seus militantes não infringiram a lei. A utilização dos recursos citados foi feita com honestidade e exatamente como declarado e documentado nas prestações de contas dos seus candidatos.
6 – O tempo e o compromisso com a transparência e a democracia revelarão que o PSol está sendo vítima de uma narrativa odiosa produzida por uma pessoa desequilibrada e sem caráter e que, por erro de avaliação, havia sido acolhida no seio do nosso partido. Sabe-se, hoje, que esse indivíduo já foi preso por mais de uma vez, inclusive, por crimes de falsidade ideológica e estelionato, motivos que levaram a Direção Nacional a afastá-lo dos quadro do partido e se encontra no conselho de ética em processo de expulsão.
7 – Do outro lado estão as mulheres e homens que participaram da campanha em 2018, dedicados à luta por uma sociedade mais justa e igualitária, nunca tendo respondido a qualquer processo criminal, sendo hoje investigados.
8 – O partido está totalmente à disposição da justiça para fazer os esclarecimentos necessários e apresentar todas as informações que forem solicitadas. Espera, apenas, que a investigação seja realizada de forma serena, sem pré-julgamentos e sem exposição injusta, precipitada e baseada em apenas uma versão dos fatos, como tem sido até aqui.
A Direção Executiva Estadual