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Estudo para detectar casos de Covid-19 começa pelo bairro Cadeia Velha

Os primeiros testes rápidos para detectar a incidência de Covid-19 nos bairros de Rio Branco foram aplicados na manhã desta sexta-feira (03) em moradores do bairro Cadeia Velha. Devidamente equipados, os agentes de saúde da Prefeitura de Rio Branco foram até as casas selecionadas, fizeram a coleta da gota de sangue de ponta de dedo e preencheram o instrumento de notificação enquanto o resultado era analisado em cerca de 15 minutos.

A ação, denominada inquérito epidemiológico, consiste na aplicação de mil testes em pessoas selecionadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e vai ocorrer em todas as regionais da cidade. “Nós precisamos saber qual a presença dos casos do novo coronavírus em Rio Branco para que identifiquemos, então, tendências e possibilidades de fazer essa assistência mais presente, mais próxima das pessoas de modo a evitar que elas precisem adoecer e a chegar a ter que ir a uma unidade hospitalar”, disse a prefeita Socorro Neri, que esteve no local e acompanhou o início dos trabalhos.

O resultado da pesquisa, além de levantar o número de infectados pelo novo coronavírus, vai fundamentar as ações de prevenção, possibilitar a avaliação da velocidade de expansão da Covid-19 em Rio Branco e orientar a tomada de decisões por parte da gestão.

De acordo com Socorro Neri é preciso persistir na vigilância para conter o avanço da pandemia e melhorar os indicadores atuais que ainda colocam Rio Branco em situação de alerta. “O objetivo é o de adotar, por meio desse diagnóstico, estratégias adequadas para garantir o atendimento à pessoa no momento em que ela começa a sentir sintomas. Para isso, os bairros vão ser visitados por nossas equipes. Nós não podemos mascarar a situação da cidade de Rio Branco, nós temos que diagnosticá-la para, entendendo o tamanho do problema, decidir as ações que devemos tomar”, destacou.

A pesquisa é por amostragem e a metodologia empregada na seleção das pessoas a serem testadas é o sorteio pelo número da casa. Segundo explicou a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Socorro Martins, a quantidade de testes a serem aplicados em cada bairro é proporcional à população de cada regional.

“Como é um inquérito, a escolha é aleatória e os exames são de acordo com o número de moradores. Nós sorteamos pelo número da casa e em cada casa sorteada um membro da família é escolhido também de forma aleatória para realização do teste. Homem ou mulher, menos as crianças. Esse resultado vai nos dar várias respostas e ajudar nossos gestores na tomada de decisões”, detalhou.

Na residência de Sebastião Barroso, 43, onde o primeiro teste foi realizado, moram ele, a esposa Maria Karene, 37, o filho caçula de 1 ano e 11 meses, e Sabrina Dávila, 20, filha do casal que foi selecionada para o exame. Aliviada pelo resultado negativo, a família agradeceu a equipe e reconheceu a necessidade dos cuidados recomendados para prevenção da Covid-19.

“Esta é uma ação muito importante e vale muito à pena mesmo sendo só em uma pessoa porque nós temos uma noção e ficamos mais confiantes e a nossa família mais tranquila de que estamos fazendo a coisa certa. Aqui ninguém sai de casa e quando precisamos ir ao mercado, usamos máscara”, disse ele.

Em outra residência ainda no Cadeia Velha, a dona de casa Raimunda Andrade, 33, também foi examinada e testou negativo, assim como todas as demais pessoas submetidas ao teste no bairro nesta manhã.

Os testes aplicados no inquérito epidemiológico da Prefeitura de Rio Branco foram doados pelo Ministério da Saúde. Do tipo IgG, o exame rápido feito com a coleta de um pingo de sangue da ponta do dedo mostra se a pessoa está com Covid-19, no caso de apresentar sintomas, ou se teve contato com o novo coronavírus, a partir da presença de anticorpos, cujo resultado dá positivo.

O levantamento segue até o dia 10 de julho e a projeção da Semsa é de que o inquérito esteja concluído no dia 12.

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