O ex-governador do Acre e ex-senador Flaviano Melo morreu aos 75 anos nessa quarta-feira em São Paulo. Melo estava internado na UTI do Hospital Albert Einstein desde 9 de novembro para tratar uma pneumonia. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos, desencadeada por uma infecção bacteriana, segundo o hospital. Formado em engenharia civil, Melo se filiou ao MDB em 1969. Em 1983, foi nomeado prefeito de Rio Branco pelo governador Nabor Júnior. Em 1986, se elegeu governador e em 1990, conquistou um mandato de senador. Em 1994, Flaviano Melo perdeu o pleito para o governo do Acre e, em 1998, perdeu a reeleição no Senado. Em 2000, voltou à prefeitura de Rio Branco, mas renunciou ao cargo dois anos depois para disputar o governo estadual, não sendo eleito. Em 2006, Flaviano Melo foi para a Câmara dos Deputados, onde teve quatro mandatos consecutivos até 2023. Uma das questões que preocupava Flaviano Melo eram as enchentes no Acre. Ele defendia transferência de cidades alagadas do estado para pontos mais altos.
“Então, eu acho que o poder público tem que começar a trabalhar de forma a acabar com o problema. Difícil, dificílimo, tirar essa população que está na beira do rio, que está perto do seu trabalho, porque essa região mais alagada é a região central. Eu sugeri, começa a tirar os órgãos públicos, tira banco, tira o cartório, tira a igreja, tira a prefeitura, a câmara, e aí as pessoas começam a se interessar em sair”.
O senador Sérgio Petecão, do PSD de Acre, destacou o legado de Flaviano Melo ao considerá-lo a maior liderança política do estado.
“Eu diria que nosso estado está de luto. Essa morte do nosso querido Flaviano choca a todos nós. Flaviano é um homem muito inteligente. Então o Acre perde, eu diria a você, que sua maior liderança política”.
Flaviano Melo será velado a partir da noite desta sexta-feira, no Palácio Rio Branco, sede do governo estadual, em cerimônia aberta ao público. Ele deixa a mulher e dois filhos. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.