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Acre amplia estratégias de combate à sífilis e reduz em 71% casos em bebês

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado Saúde (Sesacre), reforça nesta semana as estratégias de combate à sífilis e amplia o acesso ao diagnóstico e tratamento da doença nas redes de atenção à saúde. As ações visam garantir que as gestantes sejam acompanhadas desde o início da gravidez, o que tem resultado na redução dos casos de sífilis congênita em bebês. O compromisso contínuo da Sesacre se reflete na queda do número de casos da doença em crianças, contribuindo para a meta de eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) até 2030.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) durante o Seminário Integrado da Sífilis, realizado em Brasília, confirmam essa evolução. Em 2023, o número de casos de sífilis congênita no Acre caiu de 96, registrados em 2022, para 82. No cenário nacional, a redução foi ainda mais significativa, com 1.511 casos a menos de sífilis em bebês menores de um ano em relação ao ano anterior, refletindo uma diminuição de 71% nos casos de transmissão devido ao diagnóstico precoce em gestantes.

“Estamos fortalecendo as ações de combate à sífilis, garantindo mais acesso ao diagnóstico e ao tratamento precoce nas redes de saúde. Nosso compromisso é intensificar as medidas para alcançar a meta de eliminação da transmissão vertical da doença até 2030”, afirmou o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal.

Além disso, o chefe do Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Sesacre, Josadaqe Beserra, destacou a importância da reativação do comitê de investigação e eliminação da transmissão vertical. “A reativação do comitê foi primordial nesse processo. Nossa previsão é reativar comitês de investigação em nível municipal e regional nas três regionais de saúde do estado. Hoje contamos apenas com o comitê estadual, mas já observamos o impacto positivo que ele gerou”, explicou.

A estratégia adotada pelo governo estadual está em consonância com o esforço nacional para eliminar a sífilis congênita como problema de saúde pública até 2030. Além do acompanhamento das gestantes durante o pré-natal, a Sesacre tem reforçado a oferta de testes rápidos e o acesso à penicilina, fundamental para o tratamento da sífilis adquirida, gestacional e congênita.

O MS destacou que, em 2023, foram registrados no país 242.826 casos de sífilis adquirida, 86.111 casos de sífilis em gestantes e 25.002 casos de sífilis congênita, além de 196 óbitos por sífilis congênita. A disponibilização de testes rápidos e a adoção de políticas integradas entre governo, municípios e sociedade têm sido fundamentais para enfrentar essa realidade, com mais de 7,6 milhões de testes distribuídos em 2024.

A Sesacre segue intensificando suas ações, garantindo que as gestantes no Acre recebam o acompanhamento necessário para proteger seus bebês e contribuindo para que o estado se aproxime cada vez mais da eliminação da sífilis congênita.

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