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Os detalhes dos editais para recursos voltados à ciência no Acre

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) apresentou, nesta quinta-feira, 18, em Rio Branco, os editais do programa Pró-Infra da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O evento teve como público-alvo instituições de ensino superior de pesquisa e empreendedores que buscam apoio financeiro por meio dos editais.

O valor disponível para pesquisas este ano é de R$ 1,2 bilhão para todo o país, em recursos não reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). No evento, a Finep detalhou os critérios para ter acesso a esses recursos.

O recebimento de propostas tem início em fevereiro e vai até abril de 2024. O valor destinado ao Acre vai depender das propostas, mas, segundo o presidente da Fapac, Moisés Diniz, para a Região Norte, serão destinados R$ 400 milhões.

“O recurso vai depender da mobilização das instituições; vai-se apresentar um projeto de instalação, renovação ou modernização de um laboratório para que esse recurso possa ser acessado e, com isso, queremos montar um banco de excelência”, disse.

O objetivo dos editais é fortalecer os centros de pesquisa científica e tecnológica, aliando o financiamento à implantação e melhoria de sua infraestrutura a projetos de pesquisa que necessitem dela para seu desenvolvimento, em cinco áreas temáticas: transição energética, transição ecológica, transformação digital, saúde e defesa.

Evento reuniu principais atores de pesquisas desenvolvidas no Acre. Foto: Aleksandro Soares/Saneacre
Além disso, tem o intuito de fomentar a cooperação entre grupos de pesquisa e proporcionar condições para o crescimento e a consolidação da pesquisa científica e tecnológica nas regiões onde é realizada.

O titular da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, reforçou que incentivos como esse são fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado. O gestor aproveitou o evento para lembrar os esforços destinados à implantação do parque tecnológico.

“Houve uma cadeia de eventos, aprovação da lei, criação do conselho, a reestruturação da Fapac com o fundo estadual de pesquisa. Feito isso, o trabalho agora passa a ser a gente articular os atores para a captação de recursos”, relatou o secretário.

Disseminar conhecimento
Herika Montilha, pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-graduação do Instituto Federal do Acre (Ifac) parabenizou a iniciativa do Estado e parceiros de disseminar o conhecimento necessário para que os pesquisadores e empreendedores do estado tenham acesso aos recursos.

“A gente precisa muito desses incentivos, porque temos dificuldades estruturantes que outras regiões não têm. A gente tem dificuldade de acesso a logística, de comprar insumos e materiais de pesquisa e paga caríssimo em fretes, insumos, e a maioria desses laboratórios não são daqui”, destacou.

Shirley Marçal, coordenadora de Inovação Tecnológica da Fapac, explica que, mesmo durante o período de férias, a fundação acionou o banco de dados de pesquisadores para que pudessem ter acesso a essa informação.

“Sabemos da importância de acessar esses recursos e precisamos criar essa cultura nos nossos empreendedores, nos nossos pesquisadores. Temos pesquisadores de Cruzeiro do Sul, de Feijó, Tarauacá, Xapuri e Sena Madureira, e essas pesquisas desenvolvidas aqui são fundamentadas, voltadas para a comunidade; então a chance de o nosso Acre ser contemplado com parte desse recurso é gigante”, enfatizou.

A coordenadora também enfatizou que o cenário hoje no estado é de avanço e que é necessária a união de todas as instituições para que o reflexo seja positivo ao longo dos anos.

“Foi um trabalho muito árduo chegar nesse momento em que estamos. A gente precisa melhorar bastante, mas o que já temos hoje é muito importante, porque temos o governo do Estado voltado para essa temática, temos a secretaria, temos a Fapac de mãos dadas com outras instituições e parceiros que entendem essa necessidade”, afirmou.

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