Com uma assertividade de 70%, a plataforma de inteligência artificial PrevisIA analisa diversas variáveis para indicar locais mais pressionados pelo avanço do departamento. Em sua última atualização, a ferramenta aponta 5 mil km² sob risco médio, alto ou muito alto de devastação entre agosto de 2023 e julho de 2024.
De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma estratégia potencialmente eficaz para reduzir o desmatamento no bioma é direcionar ações de proteção para áreas sob maior ameaça.
No total, considerando também as florestas sob risco baixo ou muito baixo de derrubada, a PrevisIA estima 8.959 km² ameaçados na Amazônia entre julho de 2023 e agosto de 2024. Essa estimativa leva em conta o “calendário de desmatamento”, indo de agosto de um ano até julho do ano seguinte, devido ao período de chuvas na região, e a taxa anual do governo, o Prodes.
Os dados de 2024 foram atualizados com os do Prodes de 2023, lançados no último dia 10 de novembro de 2024, que indicam uma redução de 22,37% em relação a 2022.
O índice é uma das variáveis utilizadas pela plataforma para prever áreas sob risco de destruição. A estimativa foi ajustada após o lançamento dos dados de 2023. De acordo com o Prodes, a devastação na Amazônia Legal diminuiu de 11.594 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022 para 9.001 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, uma queda de 22%.
Os dados relacionados ao Acre mostram que o estado é o quarto colocado na escala de risco, totalizando 949,97 km² somando-se os registros de todas as classes a seguir descritas:
Risco muito baixo: 47,89 km²;
Risco baixo: 189,02 km²;
Risco médio: 469,03 km²;
Risco alto: 243,16 km²;
Risco muito alto: 0,87 km²;
No total, incluindo as classes Muito baixo, Baixo e Médio, o Acre tem 949,97 km² sob risco de devastação, segundo a ferramenta. Entre os 10 municípios com os maiores territórios sob risco, metade é paraense, mas um é acreano: Feijó, que no total tem 170,68 km² somando-se todas as classes de risco.
A plataforma PrevisIA foi lançada em 2021, pelo Imazon, Microsoft e o Fundo Vale.