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Afastado temporariamente do cargo de secretário de Desenvolvimento Agrário do Acre, o deputado Luiz Tchê apresentou seu prognóstico de crescimento monetário da agropecuária. Levando em conta o Valor Bruto da Produção (VBP) calculado mensalmente pelo Ministério da Agricultura, a agropecuária do Acre deverá, segundo Luiz Tchê, superar a taxa de 10% de crescimento em termos reais, o que representaria um incremento superior a R$250 milhões em 2023.
Isso deve acontecer, diz o secretário nomeado e afastado para assumir como deputado e retornar ao cargo no Poder Executivo, “a não ser que fatores restritivos supervenientes emanem de instâncias de fora do sistema, e o retorno a uma rota de crescimento robusto e sustentável, dado que as áreas prioritárias são efetivamente aquelas já submetidas à ação antropizadas, mormente através da recuperação mecânica e química de áreas degradadas”.
Ao mesmo tempo, Luiz Tchê faz observações sobre os fatores que cercam a monetização do setor: “Em primeiro, é importante ressaltar que o VBP no Acre depende, como não poderia deixar de ser, em vista de suas relações de comércio, do valor dos alimentos no mercado nacional e internacional, portanto, de fatores que não estão subordinados exclusivamente à gestão dos elementos internos da produção, o que provoca grandes variações”.
E para chegar aos 10% de crescimento do VBP, Tchê considera que gargalos importantes, como o armazenamento de grãos estão sendo superados tanto pela iniciativa privada com vários empreendimentos em curso. Segundo ele, já se registra aumento de 42 mil toneladas de capacidade estática e a estrutura pública de armazenamento está sendo recuperada.
Tchê considera também “o esforço governamental” no sentido de impulsionar a pequena produção para que seja inserido no contexto geral de produção eficiente e a ação prevista para manutenção da infraestrutura viária, “inclusive BR’s” melhorando o acesso aos centros de consumo e exportação;
O cálculo do novo gestor leva em conta ainda o crescimento recente da cultura de soja e milho no Acre, que em 2022 foi superior a 23 mil toneladas mostrando uma elevação de 43,90% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o milho registrou produção de 133,6 mil toneladas nas duas safras, um aumento de 47,6% e de 216% na primeira e segunda safra, respectivamente.
“O vigor constante da pecuária, com o reconhecimento de livre de aftosa sem vacinação, inclusive com a inauguração de novos frigoríficos e desembaraços alfandegários para exportação de outras carnes (suínos e aves) via Peru e as expectativas de aumento de preço da carne bovina, além da recente impulsão em várias regiões do Estado, à produção de café robusta de grande aceitação no mercado”, diz, destacando também a participação dos extrativismo e dos negócios da madeira.

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