A tradicional Baixaria foi tranformada por uma chef acreana que vive em São Paulo. Nesta reportagem assinada por Marina Marques há muito mais que isso: leia e descubra um pouco mais dos pratos acreanos.
Só debocha da existência do Acre quem não conhece a história do estado, fundado em 1962. Disputado pela Bolívia, pelo Peru e pelo Brasil, o território foi palco de lutas armadas e a questão só se resolveu com acordos internacionais, nos anos 1920 – envolveu até o Barão de Rio Branco, ministro das Relações Exteriores.
Orgulhosa de sua terra, Amanda Vasconcelos, 30 anos, se descreve como acreana do pé-rachado, como eles carinhosamente chamam os conterrâneos. Nascida em Rio Branco, ela viajou a São Paulo em 2011 para estudar arquitetura, curso que deixou quando seguiu o amor pela gastronomia. “Vim escondida dos meus pais, eles não queriam que eu morasse aqui. Falei que ia passar férias”, conta.
A flor de jambu é conhecida pelo sabor picante e por causar a sensação de dormência na boca – ela era usada como anestésico natural pelos indígenas. No drinque Canavial Elétrica, feito com gim Beerita, caldo de cana e limão, acrescenta complexidade ao gosto.
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