“Primeiramente, agradeço a Deus por ter dado essa oportunidade de sustentar minha família com este trabalho; depois, agradeço à Fecomércio, que veio aqui doar essa cesta básica e mais máscaras para nos proteger dessa doença”. A gratidão é da mãe de quatro filhos e catadora Marilda Machado, que foi beneficiada, na última semana, pela a Campanha Solidária. Idealizada pelo Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, distribuiu mantimentos para aproximadamente 40 trabalhadores atuantes no Aterro de Resíduos Sólidos de Rio Branco, localizado na Transacreana, e que sobrevivem com o emprego no “lixão”.
Esta etapa da ação mostrou mais uma vez a atuação do Sistema Fecomércio/AC diante da pandemia, além do resultado das doações realizadas nos postos de coleta da Campanha Solidária iniciada em abril.
A coordenado no Mesa Brasil do Sesc Acre, Marizete Melo, se disse grata pelo empenho dos envolvidos na campanha. “Agradecemos a todos; hoje, estamos ajudando famílias que vivem do lixo, e isto reiterou o resultado das doações realizadas pela sociedade, empresas e parceiros neste momento tão difícil que estamos vivendo”.
O também catador de resíduos Francisco das Chagas explicou que a dificuldade em conseguir emprego, há cinco anos, o levou a buscar a sobrevivência no lugar. “E aqui estamos sobrevivendo. Tem dias que faturamos; noutros, não”, acrescentando que muitas as ações sociais têm sido feitas por conta da pandemia. “O trabalho no aterro dificulta que eu vá em busca dessas doações, sou muito grato por estarem cooperando com a gente aqui”, agradeceu.
Em outubro de 2009, o espaço – que antes era o único “lixão” da capital – foi desativado e transformado em aterro controlado. Desde então, recebe apenas resíduos da construção civil e de demolição. Dezenas de pessoas buscam diariamente por materiais recicláveis ou reutilizáveis, como ferro, cobre, alumínio e outros objetos que possam ser vendidos.