A Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Acre (COMSIV) integrou debate realizado na última sexta-feira, 8, com outros tribunais do Brasil e representantes do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, em busca de traçarem estratégias de atuação para enfrentar os altos índices de violência contra mulher, que têm aumentando nesse período de isolamento social.
O encontro realizado em ambiente virtual foi organizado pelo Colégio de Coordenadores da Violência Doméstica e Familiar da Mulher dos tribunais de Justiça (Cocevid), que é presidido pela desembargadora Salete Silva Sommariva, com vice-presidência da decana da Corte da Justiça acreana, desembargadora Eva Evangelista.
A finalidade da videoconferência foi compartilhar experiências para aperfeiçoar as formas e mecanismos de proteção à mulher. Além disso, os magistrados apontaram as principais dificuldades nessa questão, como elaboração de uma política unificada de enfrentamento à violência que congregue vários órgãos públicos e atenda as especificidades de cada Estado.
Outro aspecto que preocupa as autoridades é a falta de acesso as condições básicas vivenciadas pelas vítimas, que estão em situação de vulnerabilidade não somente pela violência, mas pela falta de condições de subsistências. Tais características podem agravar mais ainda crimes de violência doméstica que essas mulheres possam sofrer.
Para a coordenadora da COMSIV no âmbito do Acre, desembargadora Eva Evangelista, é necessário comprometimento de mais instituições. “A união das iniciativas é o caminho, pois juntas eles tem mais força. Por isso, reafirmo a necessidade de um Comitê interinstitucional. Também é importante a capacitação de todos os agentes públicos e sensibilização da sociedade contra o machismo”, comentou a magistrada.