Pesquisa realizada pela NordVPN aponta que o Brasil é o segundo país mais afetado no mundo com o roubo de cartões de pagamento. Segundo o levantamento, mais de 600 mil cartões de pagamento foram comprometidos em todo o mundo – destes, 39 mil foram no Brasil.
De acordo com a pesquisa, as informações dos cartões roubados são vendidas na dark web, uma parte oculta da Internet não indexada por mecanismos de pesquisa comuns, acessada por meio de navegadores especializados.
O Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos no ranking, que teve 73 mil cartões com informações roubadas. No terceiro lugar está a Índia, com 35.285 cartões hackeados, seguida do México, com 26.680 cartões corrompidos e, por fim, a Argentina, com 25.283 cartões com informações roubadas.
Como acontecem os roubos de dados?
Segundo a NordVPN, o roubo de dados começa com a instalação de um malware – ou seja, de um software malicioso, criado para explorar vulnerabilidades em redes e dispositivos.
A instalação do malware pode acontecer de diferentes formas, como por meio de e-mails de phishing, em que golpistas enviam a mensagem com o intuito de enganar a vítima para conseguir informações confidenciais; downloads de softwares infectados e acesso a sites maliciosos.
Quando é instalado no dispositivo, o malware passa a ter acesso a informações sensíveis, que vão desde credenciais e logins até detalhes de cartões de crédito. O malware envia esses dados coletados diretamente aos servidores de hackers, que podem vender as informações na dark web ou usá-los em operações fraudulentas, como fazer compras ou solicitar empréstimos no nome da vítima.
Segundo a pesquisa, entre os cartões roubados:
- 99% davam acesso a dados adicionais;
- 100% continham informações do sistema;
- 99% revelavam cookies e informações de preenchimento automático;
- 95% tinham credenciais salvas;
- 71% expunham o nome da vítima;
- 54% mostravam a data de vencimento; e
- 48% incluíam arquivos diversos do computador da vítima.