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Maior youtuber do mundo constrói 100 casas e doa para pobres: “Pessoas ficam furiosas”; vídeo

Conhecido por suas doações impressionantes e desafios extravagantes, o maior youtuber do mundo, MrBeast, publicou um vídeo mostrando a entrega de 100 casas construídas e mobiliadas para moradores carentes de cinco países da América Latina. O vídeo capturou o momento da construção e as reações das famílias ao receberem suas novas residências.

O influenciador diz que se envolveu pessoalmente na construção e acabamento das casas, ao lado de três ONGs: Techo, Food For The Poor e New History Homes, responsáveis por programas de habitações e entrega de alimentos naquelas regiões.

Cinco países da América Latina foram contemplados com a construção das residências. Metade das casas estão localizadas na Jamaica e em El Salvador, com 25 imóveis em cada país. A outra metade foi dividida entre México (18 casas), Colômbia (17) e Argentina (15).

No vídeo, Beast revela que gastou milhões de dólares para realizar as doações, mas não especificou quanto gastou. “Com cada uma das casas que construímos nesse vídeo, melhoramos a qualidade de vida de famílias que não têm um espaço seguro para chamar de lar”, disse.

Após a divulgação do vídeo, Beast comentou no Twitter sobre as reações contrárias ao projeto encabeçado por ele. “Quando ajudamos pessoas (curando 1000 pessoas cegas, construindo 100 casas, 100 poços, etc.), as pessoas ficam furiosas e dizem que eu não deveria estar fazendo isso e que os governos deveriam. Sim, idealmente não é um YouTuber quem resolve esses problemas, mas não vou ficar parado sem fazer nada”, afirmou.

Com 26 anos, Beast, cujo nome é James Stephen “Jimmy” Donaldson, tem 295 milhões de inscritos no YouTube. O influenciador possui 58 milhões de fãs no Instagram, 30,2 milhões no X (ex-Twitter) e 97 milhões no TikTok. Segundo a “Forbes”, ele faturou no ano passado US$ 82 milhões e possui uma fortuna de US$ 54 milhões.

El Salvador e Jamaica enfrentam déficit habitacional

As escolhas dos países para receber as doações não foi por acaso. El Salvador teve em 2023 um déficit habitacional estimado em 630 mil unidades, segundo o governo. Esse índice se refere ao número de imóveis que seriam necessários para abrigar todas as famílias que vivem em condições precárias de habitação naquela região. Jamaica, por sua vez, tem um déficit habitacional de 100 mil casas no ano passado.

Moradia adequada é um dos indicadores medidos pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) — em uma escala onde quanto mais próximo de um, melhor. Em 2022, El Salvador registrou IDH de 0,674, enquanto a Jamaica alcançou 0,706. No Brasil, o IDH foi de 0,760, acima dos dois países onde o influenciador construiu as casas.

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que divide o tamanho da economia pelo total de habitantes, é de US$ 7,3 mil para os jamaicanos e de US$ 5,5 mil para os moradores e El Salvador. Ambos ficam aquém dos parâmetros do Brasil, de US$ 11,35 mil.

O Índice de Gini, porém, é o mais utilizado para medir a desigualdade na distribuição da renda. Esse número varia de zero a cem, onde valores mais próximos de zero indicam uma distribuição de renda mais equitativa. Segundo o Banco Mundial, a Jamaica apresenta um Gini de 40,2, enquanto El Salvador exibe um Gini de 39, ambos dados de 2021. No mesmo ano, o do Brasil foi de 52,9.

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