Aposentados da Educação que formam o Movimento Cabeça Branca foram recebidos no Plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quinta-feira (04). Eles pedem que a tabela salarial volte a vigorar com as regras que eram calculadas até abril de 2022, corrigindo-as pelo art. 5° da Lei 11.738/2008, proporcional aos profissionais com a formação superior em pelo menos 50% do Piso Nacional do Magistério.
O movimento reivindica o retorno da tabela que, segundo eles, foi tirada pelo governo do Estado, a chamada ‘puladinha’. Uma das aposentadas frisou que a Lei nº 69/1999 foi rasgada pelo governador Gladson Cameli (Progressistas).
“O governador destruiu essa lei e nós estamos aqui para reivindicar a volta da nossa tabela, isso foi uma promessa do governo. Nós estamos sendo massacrados, enganados. Houve um decreto e ao invés da gente ganhar, estamos perdendo. Já tem um reajuste e em função disso a gente perdeu R$ 800, isso é muita coisa”, disse.
A professora de Maria das Dores, de Sena Madureira agradeceu aos parlamentares por receber os representantes do Movimento Cabeça Branca. Ela fez um discurso emocionado falando sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores aposentados.
“Fui professora em uma época em que trabalhávamos por amor, por querer um futuro melhor para o Acre e hoje nos deparamos com essa decepção, com professores que tanto se dedicaram sendo tratados com desprezo. É muito triste recebermos um salário que não dá para sustentar nossas famílias, manter nossas despesas básicas. Raramente esses professores possuem uma condução, pois o nosso salário é uma vergonha. Tem dias que não temos uma alimentação de qualidade, pois falta carne em nossas mesas”, disse emocionada.