Segundo a última nota técnica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Nas regiões Norte e Nordeste, a combinação de calor com a alta umidade contribuiu para a ocorrência de chuvas superiores a 100 milímetros, como, por exemplo, em Rio Branco com 140,8 mm e no Parque Estadual Chandless com 101,4 mm, ambos no dia 03/12.
Em Apuí (AM) foi registrado 125 mm, no dia 05/12. Além disso, Itamaraju (BA) e Porto Seguro (BA) totalizaram 124,4 mm e 121,8 mm, ambos ocorridos no dia 23/12.
A atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) provocou acumulados de chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Destaque para as localidades de Salinas (MG) com 104,6 mm, ocorrido no dia 15/12, Mocambinho (MG) com 117,0 mm no dia 16/12 e Pirenópolis (GO), onde choveu 101,2 mm no dia 17/12. Além disso, um corredor de umidade causou chuvas intensas em Nova Venécia (ES) com 165,4 e São Mateus (ES) com 116,8 mm, ambos no dia 19/12. A baixa pressão combinada ao alto teor de umidade favoreceu a formação de áreas de instabilidade que provocaram chuvas expressivas, principalmente no dia 20/12, em Campos do Goytacazes (RJ) com 178,4 mm e Macaé (RJ) com 129,6 mm.
Já a Região Sul, foi atingida por chuvas volumosas no início do mês, devido à presença de uma massa de ar quente e úmida. O destaque foi para Santa Catarina, onde as localidades de Rancho Queimado (SC) e Urussanga (SC) registraram no dia 01/12, um total de chuva de 207,8 mm e 112,4 mm, respectivamente. Também ocorreram volumes de chuvas expressivas em função de uma baixa pressão combinada ao alto teor de umidade, como, por exemplo, em Itajaí (SC), com 229,4 mm e Florianópolis (SC), com 207,0 mm, ambos no dia 20/12.
Imagem de satélite no dia 01/12/2022 às 19h que realça as chuvas em praticamente todo o País, e o destaque das chuvas que ocorreram no dia 20 por consequência do corredor de umidade que se estendeu desde a Região Norte até a Região Sudeste. Ressalta-se que, áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis para ocorrência de chuvas intensas.