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A diarréia já afetou cerca de 2.000 moradores no Vale do Juruá nos últimos meses, número que chamou a atenção do serviço de saúde pública do Acre.

Diante disso, equipes dos governos estadual, federal e municipal se reuniram em Cruzeiro do Sul para traçar estratégias de redução e detecção de possíveis causas da doença. Os municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá e Marechal Thaumaturgo são os que apresentaram maior incidência da doença, no período epidemiológico que data entre 11 de Julho a 4 de setembro.

A partir disso, o governo iniciou, em parceria com secretarias municipais dessas cidades, investigações para descobrir os motivos causadores da doença, além de realizar análise de amostras de água e abrir unidades de saúde sentinelas para atendimentos à população afetada.

Entre as estratégias apresentadas pelos técnicos do MS, estão os estudos de caso, que serão realizados em famílias de acometidos pela enfermidade em Cruzeiro do Sul, e têm como objetivo identificar, por meio de questionário, as razões epidemiológicas, ambientais e laboratoriais da doença no município. Em Tarauacá e Feijó as equipes optaram por realizar avaliações nos óbitos acarretados pelo problema e serão realizadas visitas para instruir os gestores de saúde.

As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) constituem uma síndrome geralmente caracterizada por diarreia, dor abdominal, febre, náuseas ou vômitos. As causas podem ser atribuídas à ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas, toxinas ou produtos químicos. O período de incubação da doença dura, geralmente, de 1 a 7 dias. O tratamento é feito com medidas que visam evitar e tratar a desidratação e o agravamento do paciente.

Os técnicos pedem que as pessoas tenham bastante cuidado no manejo da qualidade da água, verduras, vegetais e carnes consumidos. Orienta  aos banhistas que não bebam água dos balneários, pois na maioria das vezes não há acesso ao material hídrico desses locais e torna-se inviável realizar investigações quando for o caso.

E reforçam  também que os moradores recebam as orientações do agente comunitário de saúde, que procurem usar filtros para tratar a água para consumo humano e para a manipulação de alimentos, e que, por fim, evitem aglomerações nesse período. (Com Agência de Notícias do Acre)

 

 

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