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Conferências remotas entre aldeias e Sema avançam plano de gestão das terras indígenas

O “novo normal” já é uma realidade para indígenas do Acre, que estão utilizando as ferramentas online para avançar na atualização dos Planos de Gestão Ambiental e Territorial (PGTIs). O trabalho vem sendo realizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), em 34 terras indígenas acreanas.

A modalidade de videoconferência foi adotada para dar continuidade ao diálogo com as lideranças indígenas mesmo durante a pandemia causada pela Covid-19. A Sema está em fase de elaboração de cinco PGTIs e em atualização de outros 29, numa parceria com o Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser) do Banco Mundial (Bird). Após a atualização, os documentos serão publicados.

De acordo com o assessor de Políticas Indígenas do Acre, Manoel Kaxinawá, “os PGTIs são instrumentos de caráter dinâmico, que visam a valorização do patrimônio material e imaterial indígena, a recuperação, a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, assegurando a melhoria da qualidade de vida e as condições plenas de reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações”.

O plano da Terra Indígena Kaxinawá Colônia 27 está sendo realizado pelo consultor Victor Pontes, com o apoio da equipe técnica da Divisão de Gestão Ambiental e Territorial (DGAT/Sema). “Temos também a contratação da consultora Malika Simis para as atualizações. Em virtude da pandemia, estamos realizando [as reuniões] por videoconferência com lideranças indígenas”, reforçou o chefe da DGAT, Francisco Dantas.

Para o cacique da Colônia 27, Assis Kaxinawá, as conversas online auxiliam o processo: “A gente precisa se adaptar a essa nova realidade e nossos projetos não podem parar. É muito importante para o nosso povo a atualização dos PGTIs, porque é a partir desse documento que as decisões políticas para apoiar a nossa comunidade serão tomadas”.

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