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Força-tarefa da AMB em Manaus constata falta de medicamentos em geral

“15 de fevereiro de 2021, foi nosso primeiro dia de trabalho aqui em Manaus. Fomos alocadas no Instituto da Mulher (Dona Lindu), que é um hospital direcionado às mulheres, então há muitas gestantes internadas. Apesar de termos noção da situação da pandemia em Manaus, ao sair do hotel estávamos ainda cheias de dúvidas sobre o que encontraríamos no hospital: quantos pacientes? Tem oxigênio? Tem medicação? Tem EPIs?

Mesmo sendo um dos principais hospitais de Manaus, sentimos falta de alguns recursos. Por exemplo, não há luva de procedimento, óculos e máscaras N95 para os profissionais. Além disso, algumas medicações também estão em falta, como bloqueadores neuromusculares, fundamentais para os pacientes graves. A solução é continuar usando nossos próprios EPIs e pensar em alternativas terapêuticas em caso de falta das medicações de primeira linha, o que foge do ideal que as pacientes merecem e deveriam ter.

As histórias dessas mulheres são bastante variadas, cada uma com sua particularidade. Ouvir frases do tipo “não acredito que agora preciso escolher entre minha esposa e meu filho”, vindas da boca de um marido/pai aflito, é de uma tristeza imensurável. Infelizmente as condições estão longe do ideal, mas isso não nos impede de dar o nosso melhor dentro das possibilidades. Estamos fazendo o que está ao nosso alcance para garantir tratamento, suporte e conforto às pacientes e aos familiares, afinal, temos todos o mesmo objetivo.

O trabalho é cansativo física e emocionalmente, mas continuamos na luta para proporcionar a todos a melhor assistência que possam ter”.

Camila Sérvulo
Flavia Galter

 

Fonte – Associação Mèdica Brasileira

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