“O partido não quer um CEC do governo, não viemos aqui para barganhar cargos, mas para discutir uma reaproximação política.” Com esta postura ética do MDB foi marcada a reunião de seus dirigentes com o governador Gladson Cameli, que durou quatro horas, ontem, em Brasília. De concreto ficou o compromisso de que o MDB poderá apoiar a reeleição de Cameli, que reafirmou a sua candidatura em 2022. O encontro não teve o dom de mexer com nenhuma das candidaturas postas para a eleição municipal, mas dar início a um diálogo para estarem juntos em 2022, explicou ao BLOG DO CRICA, o autor da ideia e viabilizador da conversa, senador Márcio Bittar (MDB)-foto. O ato também foi uma ponte para o reatamento do diálogo entre o governador e o ex-prefeito Vagner Sales (MDB), que estavam de relações políticas rompidas. Ambos vão discutir uma aliança ainda para esta eleição, em Cruzeiro do Sul. Na capital, ficou definido que a candidatura do deputado Roberto Duarte (MDB) é irremovível, assim como as candidaturas onde o partido disputará as prefeituras. O único avanço concreto foi a reabertura do diálogo e o apoio do MDB à reeleição do Gladson.
PERDEU A POSTURA DE HE-MAN
Bateu um lampejo de traquejo político no Gladson. Essa briga com o MDB, o maior partido do estado, não tinha sentido. A reaproximação foi bom para ambos, e ruim para os adversários da esquerda. Política não se faz ao estilo He-Man (Eu tenho a Força!), mas ciscando para dentro.
NÃO VAI INDICAR NINGUÉM
O MDB deu tapa com luva de pelica nos que apostavam que a reunião de ontem era para pressionar o governador Gladson por cargos. Seus dirigentes deixaram claro que o partido não fará nenhuma indicação para cargo de confiança. Querem o Gladsson livre para governar. Nestes tempos bicudos em que se troca cargo por apoio, a posição do MDB é elogiável.
FORA DE DISCUSSÃO
A eleição municipal na capital esteve fora da discussão. Há uma página virada de que a candidatura do deputado Roberto Duarte (MDB) à PMRB é inegociável. Em momento algum o governador fez menção de nomes que possa vir a apoiar para a prefeitura de Rio Branco.
MUITO MAL NA FITA
A deputada federal Vanda Milani (SD) e o presidente Israel Milani (SD) saíram com a imagem política chamuscada do episódio da barganha da manutenção de cargos no governo, em troca de degolar a candidatura do Luziel Carvalho à PMRB. E o Gladson saiu de carrasco na história.
GANHOU NAS REDES SOCIAIS
O Luziel perdeu a briga partidária, mas ganhou de lavada nos comentários ao seu favor nas redes sociais. Em tempo: o SD pode suspender seus direitos partidários, e não os direitos políticos, decisão que só cabe à justiça. O certo mesmo é ele sair, não há mais espaço no SD.
VÍSCERAS ESCANCARADAS
E as vísceras do SD foram expostas pelo próprio presidente do SD, Edimilson Ripardo, ao revelar em áudio de um vídeo que o partido tem 150 cargos no governo. Isso está gerando uma confusão dentro dos partidos grandes, que não têm a metade dos cargos do nanico SD.
COMO JUSTIFICAR?
O vice-governador Major Rocha fez uma indagação que estão fazendo os outros dirigentes partidários: como um partido nanico com uma deputada federal, sem deputados estaduais ou outras lideranças no estado, sem base política, consegue entupir o governo de afilhados?
FICOU NUMA RECUSA
O BLOG ouviu ontem de dirigentes partidários de siglas com maior expressão política de que vão marcar uma conversa com o governador Gladson para repactuar os espaços no governo, depois da desastrada revelação do presidente municipal do SD sobre a gula do partido.
MAIS ALEGRE
Quem saiu alegre da reunião do MDB com o Gladson, ontem, em Brasília, foi o secretário- geral do MDB, Aldemir Lopes, ao conseguir do governador o compromisso do MDB se coligar com o PROGRESSISTAS, em Brasiléia. Tirou até uma foto com o Cameli, para marcar o acordo.
CULPA DO STF
A culpa é do STF por ter liberado a criação de dezenas de partidos de aluguéis. Ainda bem que a aprovação da Cláusula de Barreira está derrubando os partidos nanicos sem votos, e que existem apenas para servir de barganha em coligações, verdadeiros balcões de negócios.
POSIÇÃO MARCADA
O senador Sérgio Petecão (PSD) disse ontem ao BLOG não crer em nenhum recuo por parte dos dirigentes do PROGRESSISTAS sobre candidatura própria do partido na capital, na eleição deste ano. “Para mim, a candidatura do Velho Boca a prefeito é página virada”, afirmou.
NÃO VAI GANHAR NADA
O advogado Luziel Carvalho tem todo direito de reagir à traição política dentro do SOLIDARIEDADE, que tirou sua candidatura a prefeito da capital. Mas não vai ganhar nada em acampar na sede do SD em protesto. O seu ato não vai fazer retroagir o golpe sofrido.
CANDIDATURA MANTIDA
Não passa pela cabeça de nenhum dirigente do PSDB a retirada da candidatura do Delegado Sérgio Lopes (PSDB) a prefeito de Epitaciolândia, para ser vice na chapa do PSL. A informação é da cúpula tucana.
OU UNE OU ENTREGA
A situação política em Feijó é a seguinte: ou a oposição abandona a empáfia e se une em torno de uma candidatura à prefeitura, ou então vai levar um sacode nas urnas do prefeito Kiefer.
PROPOSTA CONCILIADORA
O senador Márcio Bittar (MDB) diz que defende uma proposta conciliadora para a estrada Cruzeiro do Sul – Pucallpa, que cortaria a reserva da Serra do Divisor. Parte da estrada teria as suas laterais abertas à exploração, a parte mais central da área, nela seria vetada. Como compensação, mas de 300 famílias que vivem em outra área da reserva poderiam fazer a exploração florestal dentro dos modos sustentáveis. Um projeto radical não seria aprovado.
MESA REPETIDA
Numa eleição antecipada os deputados reelegeram ontem o deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS) a mais um mandato à frente do Legislativo, tendo como primeiro secretário o deputado Luiz Gonzaga (PSDB). E, na vice-presidência o deputado Jenilson Lopes (PSB).
CONVERSA TRANSFERIDA
A conversa final sobre a posição do PROGRESSISTAS na eleição municipal na capital, entre o Gladson e os dirigentes do partido ficou para hoje, ontem, a conversa foi sobre o interior.
SEMPRE ATUANTE
O deputado federal Alan Rick (SD) sempre atuante, nesta pandemia já conseguiu junto ao Ministério da Saúde 30 respiradores para o sistema de saúde do estado, e ainda intermediou a entrega de 50 respiradores doados pelo Ministério Público do Trabalho, no fim de junho.
NA LISTA DOS CONFIÁVEIS
O professor Marcos Luís, candidato a vereador pelo MDB, integra a lista das candidaturas confiáveis à Câmara Municipal da capital, com o lema “Inovar para Melhorar”. Nós, do jornalismo político, nos sentimos bem, ao ver nomes qualificados disputando mandatos.
ANTES DE TUDO
Antes de fazer citação no BLOG de um novo candidato a vereador, vejo antes a qualificação.
QUANTO MAIS CABRA, MAIS CABRITO
Para alguém que está no poder, quando numa disputa por uma prefeitura do interior, pequena, o melhor dos cenários para um prefeito é quando, há mais de uma candidatura adversária. Em Epitaciolândia são três. Portanto, não subestimem o prefeito Tião Flores.
NAS GARRAS DOS FALCÕES
O candidato a prefeito de Rio Branco, Daniel Zen (PT), usou da ironia ao comentar as degolas das candidaturas do Fernando Zamora, no PSL; e do Luziel Carvalho, no SOLIDARIEDADE. Diz estar na espreita para ver quais serão as próximas vítimas dos “falcões” – Gladson Cameli e Major Rocha – dentro do grupo dos candidatos a prefeito no grupo de aliados palacianos.
REVIVENDO A HISTÓRIA
Conheço muito dos bastidores da política acreana – fui secretário de Comunicação de dois governadores e três prefeitos da capital – e acompanhei do governo Wanderley Dantas até o Gladson. Mas duas figuras são os papas da história política do Acre: Osmir Lima e Ariosto Migueis. Sabem tudo, com minúcias, De Guiomard Santos até a vitória de Nabor Júnior em 82.
UM NOME DECISIVO
Conversando ontem com o Osmir Lima – cada qual no seu bunker – surgiu no papo uma figura que não é muito lembrada, mas foi decisiva para a vitória de Nabor Júnior ao governo em 1982: Geraldo Maia. Foi graças à entrada do seu grupo político no PMDB, que pela primeira vez o velho PDS foi derrotado em Cruzeiro do Sul, com a vitória de Nabor em cima do Kalume.
FAVORITISMO É UM PERIGO
Tenho minhas razões quando fico com um pé atrás quando, se fala de candidato favorito do tipo já ganhou. Lembro do último comício antes da eleição de 82. No comício do Kalume, na praça em frente ao Palácio Rio Branco, tinha uma multidão e um pipocar de fogos. Kalume já tratado como “governador.” O comício do Nabor foi ali ao lado do mercado novo, na esquina do Terminal, e tinha meia dúzia de pessoas. As urnas abriram e Nabor virou governador.
UMA MULHER PUXA A OUTRA
Ainda sobre política antiga. A ex-governadora Iolanda Lima, na época casada com o deputado federal Geraldo Fleming (PMDB), só entrou na chapa do Nabor Júnior em 82, como vice, graças á outra mulher: dona Laudi, mãe do Flaviano Melo, que fincou pé no seu nome. A macharada não queria a Iolanda. Quem me contou foi a própria ex- governadora, Iolanda Lima.
FRASE MARCANTE
“Quando rezas, estás perto de Deus. Quando sofres, Deus está perto de ti”. Urteaga