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Crédito Rural: 1o semestre de 2024 alcançou R$ 163,6 milhões em concessão de linhas rurais e agroindustriais no Acre

Informações divulgadas na nova edição do Boletim Agro da Serasa Experian revelaram o cenário de concessão em linhas de crédito rural e agroindustrial. De acordo com o levantamento, a comparação entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período de 2023 registrou alta de 6,6% – um acréscimo de R$ 6 bilhões que, na prática, levou o montante concedido de R$ 90,5 para 96,6 bilhões. Apesar disso, a relação trimestral teve baixa. Ou seja, analisando o segundo trimestre de 2024, frente ao do ano anterior, houve queda de 5,6% na concessão ao campo.

No Acre, o valor chega aR$ 163,6 milhões em concessão de linhas rurais e agroindustriais.  É importante ressaltar que estes dados foram analisados com base em cerca de 9,8 milhões de donos de propriedades rurais, aqueles que contrataram financiamentos rurais ou agroindustriais distribuídos dentre o universo de pessoas físicas que autorizam o seu uso no Cadastro Positivo e/ou que possuem registro de atividade de produtor rural.

Para Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, “o aumento semestral do fim da safra 23/24 refletiu a confiança no setor em superar desafios, como a instabilidade climática e a volatilidade dos preços das commodities. Contudo, a baixa no segundo trimestre em relação ao ano anterior e as notícias de que tem ocorrido uma queda nos novos financiamentos nesses primeiros meses da safra 24/25 pode ser um reflexo de uma cautela em virtude de um aumento das taxas de inadimplência, quantidades de recuperações judiciais e queda no perfil financeiro dos aplicantes”.

Confira a movimentação dos trimestres na íntegra com o gráfico a seguir:

Ainda em relação ao segundo trimestre de 2024, sobre a concessão de crédito rural e agroindustrial, o levantamento mostrou no recorte das regiões que o “Centro-Oeste Agro” teve destaque, com o maior montante de crédito (R$ 17 bilhões), valor por contrato (R$ 509 mil), número de contratos por CPF (1,40) e ticket médio por CPF (R$ 715 mil). Por outro lado, a região Sul liderou a quantidade de novos contratos (106 mil), bem como com o número de CPFs com contratos (82 mil). Veja os detalhes sobre as demais regiões agro no mapa abaixo:

De acordo com os especialistas da Serasa Experian, o uso de tecnologia é um fator presente no agronegócio brasileiro e que deve continuar expandindo. Nesse sentido, a adesão da Inteligência Artificial (IA) acontece em diferentes áreas e segmentos da cadeia rural a fim de potencializar serviços e ferramentas que trazem mais desempenho e transparência ao setor.

Em relação ao mercado de crédito rural, é possível observar o Agro Score da Serasa Experian que, atuando como uma datatech, emprega o uso de Machine Learning – um subcampo da IA – em suas ferramentas para cruzar e analisar dados a fim de prever padrões e decisões que auxiliam credores a concederem crédito e mitigarem riscos, impulsionando a democratização do acesso ao crédito.

Por exemplo, no comparativo do segundo trimestre de 2023 com o mesmo período de 2024, o Agro Score revelou um aumento na média de pontuação dos produtores rurais brasileiros que atuam como pessoa física, indo de 623 para 641 – o que mostra uma melhora nos perfis financeiros analisados. Essa evolução foi possível pelo uso de IA, que utiliza algoritmos avançados para identificar padrões comportamentais e projetar a evolução financeira dos perfis, viabilizando acesso a um crédito de qualidade para todos, desde o pequeno até o grande produtor, além de contemplar aqueles que não tem registro de cadastro rural, ou seja, arrendatários e grupos econômicos.

“Aqui na Serasa Experian demos início à nossa jornada no agronegócio com o objetivo principal de democratizar o acesso ao crédito e à informação justamente pelos resultados que alcançamos com o uso de IA para a avaliação de scores. Construímos um time especialista para ampliar a análise de imagens de satélite com IA e temos projetos pilotos com aplicação de GenAI em outras soluções”, diz Pimenta.

A nova edição do Boletim Agro, desenvolvido pela Serasa Experian, já está disponível para acesso com dados inéditos sobre o segundo trimestre de 2024. O material traz informações diversas e detalhamentos do cenário econômico-financeiro do agronegócio, com categorias específicas para o consumo de crédito rural, inadimplência, recuperação judicial e mais.

O relatório entrega dados gerais e segmentados por porte, faixa etária, linha de crédito, tempo de dívida, entre outras. Além da visão por regiões agrícolas e Estados do país. Tudo isso possibilita uma visão ampliada sobre a relação dos proprietários rurais com o mercado de crédito brasileiro, viabilizando a identificação de tendências, sazonalidades e comportamentos financeiros adotados em momentos de instabilidade, como em crises climáticas ou econômicas.

“Essa é mais uma iniciativa que reforça o propósito de democratizar o acesso à informação sobre o setor do agronegócio, disseminando conhecimento para embasar análises críticas e a tomada de decisão por parte do mercado, por exemplo. O material é um verdadeiro raio-x financeiro do agro no país”, finaliza o head de agronegócio da Serasa Experian.

Os dados de crédito foram analisados com base em cerca de 9,8 milhões de pessoas físicas dentre donos de propriedades rurais, aqueles que contrataram financiamentos rurais ou agroindustriais distribuídos dentre o universo de pessoas físicas que autorizam o seu uso no Cadastro Positivo e/ou que possuem registro de atividade de produtor rural.

O porte dos proprietários foi obtido após converter os tamanhos das propriedades em módulos fiscais (m.f.), seguindo as definições municipais estabelecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), somando os módulos fiscais de todas as propriedades do CPF e, finalmente, considerando os pequenos proprietários até 4 m.f., médios proprietários, acima de 4 m.f. e até 15 m.f., e grandes proprietários, acima de 15 m.f.

Com relação às regiões agrícolas: MATOPIBA contém os municípios do estado do Tocantins, do oeste da Bahia, do sul do Piauí e de grande parte do Maranhão conforme definido pela Portaria nº 244, de 12 de novembro de 2015 do Ministério da Agricultura e Pecuária; Norte Agro abrange a região norte do Brasil com exceção de Rondônia e Tocantins, além de incluir o noroeste de Maranhão; Nordeste Agro é composto pela região nordeste do Brasil, com exceção de MATOPIBA e do noroeste do Maranhão; Centro-Oeste Agro inclui os estados do Centro-Oeste e Rondônia, além do Distrito Federal; por fim, Sul e Sudeste coincidem com as regiões geográficas do Brasil.

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