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Fim da escala 6×1 repercute nas redes sociais e deputados são cobrados

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da deputada Erika Hilton (PSol-SP), que visa pôr fim à escalada de trabalho 6×1 ganhou tração nas redes sociais ao longo do fim de semana. Com a repercussão a respeito do tema, os deputados se viram obrigados a se posicionar contra ou a favor da proposta.

A escala 6×1 estabelece que o trabalhador atua por seis dias consecutivos e tenha apenas um descanso semanal. O Movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT) luta contra esse tipo de jornada de trabalho e é tido como um dos parceiro da deputada para construção da proposta.

O movimento em relação ao tema aumentou nas redes sociais em busca de assinaturas para que a PEC tramitasse na Câmara dos Deputados. Para que o texto avance, é necessário o apoio de um terço dos membros da Casa Legislativa, ou seja, 171 deputados.

“A PEC ainda não bateu as 171 assinaturas e por isso não tem um relator, que trabalha o texto em diálogo com outros parlamentares. Se ele é a favor do fim da escala 6×1, mas acha que o texto podia ser melhor, o único caminho possível para isso é ele assinar”, argumenta Erika Hilton nas redes sociais.

A proposta é defendida, em especial, pelos parlamentares do PSol, PT e PSB. Depois de toda a repercussão nas redes sociais, os deputados passaram a explicar o motivo pelo qual são a favor ou contra a PEC.

“Em meio ao volume de trabalho, ainda não tinha me debruçado sobre a PEC, mas agora está devidamente assinada. Podem contar comigo para cobrar e lutar por condições de trabalho mais justas e dignas para todo o povo brasileiro. Pelo fim da jornada 6×1”, disse Duarte Junior (PSB-MA).

“Eu já assinei e deixo registrado aqui meu apoio total ao projeto da Erika Hilton pelo fim da escala 6×1. A redução da jornada de trabalho é uma pauta mundial; países como Dinamarca e Alemanha já reduziram, e não há razão para ignorarmos a importância desse debate no Brasil”, ressaltou o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP).

Por outro lado, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) argumenta que um possível fim da escala 6×1 poderia ocasionar em desemprego de diversas classes.

“Para equilibrar o aumento de custos, algumas empresas podem optar por demissões, o que poderia elevar o índice de desemprego, especialmente em setores com margens de lucro menores”, defende Nikolas.

Além da Câmara dos Deputados, o tema ganhou o apoio de influenciadores digitais, como é o caso do Felipe Neto e da Nath Finanças.

“Sou empresária e dirijo uma empresa de pequeno porte, empregando mais de 30 pessoas direta e indiretamente. Faturamento de milhões. Todos os funcionários trabalham em uma escala de 5×2, o que não prejudicou o faturamento. Pelo contrário, a produtividade só aumenta. A meta é implementar uma escala de 4×3 nos próximos anos na minha empresa. Por isso sou a favor do Fim da escala 6×1”, salientou Nath Finanças.

O VAT reivindica a substituição da escala 6×1 pela escada 4×3. Invés de trabalhar seis dias consecutivos e folgar um, o trabalhador teria direito a três dias de descanso semanal.

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