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NA ATUAL conjuntura, ficou como algo natural um político não cumprir palavra, prometer uma coisa e fazer outra. Os valores éticos e morais, a falta de palavra, passou a ser uma coisa rotineira. Há mais de quatro décadas faço jornalismo político. Já vi vários governos passarem e sumirem ao longo deste período. Pego como exemplo de seriedade o ex-governador Nabor Júnior, foto, que comandou o MDB até a sua saída da política. Era incapaz de fazer qualquer tipo de conchavo para ganhar a eleição. Não era honesto como mero jogo de cena, mas porque a honestidade era a sua principal virtude. Quando vejo hoje políticos falando em honestidade e nos bastidores cometendo todo tipo de ilicitude para ganhar o poder, penso: que falta faz um Nabor Júnior na política. O Nabor Júnior vai ficar na história do Acre, como exemplo de que se pode fazer política de mãos limpas. É um contraste com a política suja dos dias atuais. A política já foi séria neste estado. E como foi. Um político como o Nabor, é mercadoria rara nos dias de hoje.

CHEGOU NO AUGE

É DIFÍCIL um candidato começar bem uma campanha e chegar bem na reta final da eleição, sem nenhum incidente de percurso. A vereadora Elzinha Mendonça (PP) conseguiu isso. Sua campanha termina redonda.

NÃO ABALOU

A VISITA da PF não abalou a campanha da prefeita de Tarauacá, Néia (PDT), ela continua tocando o barco e certa de que sua reeleição já foi anunciada no campo espiritual.

ACREDITARAM EM PAPAI NOEL

UM erro de estratégia desta campanha da oposição, foi a cúpula do MDB e o candidato Marcus Alexandre pouparem no início o governador Gladson Cameli de críticas, na esperança de que não entraria na campanha do Tião Bocalom, como prometeu. Acreditam em Papai Noel. Entrou com o escancarado uso da máquina estatal. Somente nos últimos dias do horário eleitoral é que soltaram a peça em que o prefeito Tião Bocalom (PL) coloca sob suspeição de corrupção o governador Gladson, por seu envolvimento na Operação Ptolomeu.

NÃO SE PODE NEGAR

POR não fazer análise política com o fígado e partidarismo, e que não posso deixar de reconhecer que se não fosse o senador Márcio Bittar (UB) – que vê comunista até na Lua e com quem não tenho a menor concordância ideológica – não existiria a aliança que sustenta a campanha do Bocalom, trazendo pelo beiço o Gladson e o governo; para apoiar o candidato que expulsaram do PP.

RETA FINAL

NÃO existe a diferença abissal que institutos de pesquisas que fazem o jogo do poder divulgam, entre o Tião Bocalom (PL) e o Marcus Alexandre (MDB). Não se pode esconder que a campanha do Bocalom cresceu, mas a disputa está indefinida. Mesmo com o serviço de baixa qualidade, o Asfalta Rio Branco ajudou seu crescimento nos bairros.

ESTARIA LIQUIDADO

QUEIRA-SE ou não o Marcus Alexandre (MDB) é uma das maiores lideranças políticas do estado. Chegar na reta final na disputa contra a máquina do governo, contra a máquina da prefeitura, contra um forte esquema financeiro, e brigando com chance, não é para qualquer um. Fosse outro o candidato da oposição, já estaria liquidado nesta altura do jogo. Os seus números na pesquisa devem-se única e exclusivamente ao seu carisma e ter um grande nicho do eleitor que lhe adora. Não deve nada a nenhum dos partidos que estão na sua aliança. Não faço o comentário para lhe agradar, porque não preciso dele para nada. Assim como não preciso do prefeito Tião Bocalom ; ao contrário de alguns que bajulam para pegar sobejos do banquete do poder. Isso me dá a independência de escrever o que penso, errado ou certo.

FATO INTERESSANTE

NÃO se viu ao longo da campanha para a prefeitura de Rio Branco nenhuma ação anunciada pela justiça eleitoral, pelo TCE, mesmo com várias notícias-crimes divulgadas, de ações concretas contra candidatos. Pode ser que tenha havido e não tomei conhecimento. Mas se houve, não veio a público, pelo menos na capital. Não é uma acusação, apenas uma observação. Pode até ocorrer, temos ainda uma semana de campanha.

MULHER DE FIBRA

A DEPUTADA FEDERAL Socorro Neri (PP) é uma política de fibra e ética. Manteve a sua postura de ficar distante da campanha na capital, suportando todo tipo de pressão para apoiar o prefeito Tião Bocalom (PL).

PUXÃO DE ORELHA

TEVE sim puxão de orelha no comando de campanha do prefeito Tião Bocalom, devido o público que foi ouvir a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, ter sido inferior ao esperado. Bocalom não teria ficado satisfeito pela pouca mobilização.

HORA DA BANDALHEIRA

É NA semana que hoje começa – a eleição é domingo – que a bandalheira das pesquisas encomendadas para beneficiar candidatos a prefeito – são divulgadas, para tentar enganar e convencer o eleitor sobre a visibilidade do seu candidato. Uma prática manjada, porque estamos numa aldeia, onde se conhece os índios.

DOIS PONTOS

O LULA acerta quando critica Israel por morte de crianças, mulheres e idosos de palestinos e libaneses, num verdadeiro genocídio; mas erra ao se calas contra a barbárie praticada pelo ditador Nicolas Madura, contra seus adversários políticos, na Venezuela.

CORRIDA EM XAPURI

TUDO aponta que o Maxsuel Maia (PP), candidato a prefeito de Xapuri, apoiado pelo deputado Manoel Moraes (PP), dificilmente, será batido na disputa da prefeitura do município. Xapuri será o último bastião do poder do PT a cair. Seu candidato não conseguiu decolar. A não ser que aconteça um ponto fora da curva esta semana. Os demais prefeitos eleitos pelo PT foram cooptados pelo governador Gladson.

NÃO TIREM DE TEMPO

NÃO TIREM de tempo dentro da chapa para vereador pelo PP, o sindicalista Aiache, que tem apoio sólido na Saúde, pela sua atuação firme na defesa dos servidores da pasta.

FIM DAS DÚVIDAS

NO DOMINGO terminam todas as dúvidas sobre quem vai ganhar a eleição para prefeitos e vereadores. O único município onde pode haver segundo turno, é em Rio Branco. Nos demais a parada se decide no domingo. Não tem choro e nem vela.

PROTESTOS DE MULHERES

MULHERES organizam um ato de protesto a acontecer esta semana em frente à prefeitura da capital, contra a prática de assédio sexual. A deputada Michelle Melo (PDT) deve ser uma das participantes.

IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL

O RESULTADO da eleição de Rio Branco terá papel fundamental na montagem de alianças para a disputa do governo, em 2026. É o começo do jogo para chegar ao Palácio Rio Branco. Principalmente, para a escolha do candidato ao governo.

DISPUTA DO GOVERNO

UM dos acordos é que se o prefeito Tião Bocalom ganhar a eleição; ele fica dois anos e sairá para disputar o governo. Neste caso, o prefeito dos dois anos restantes seria o Alysson Bestene (PP). Tudo vaza.

FATO NOVO

UM FATO novo e que vai mexer com a política da capital, pode acontecer até o próximo domingo. É o que se comentava ontem pelos bastidores.

FRASE MARCANTE

“A ambição universal das pessoas é viver colhendo o que nunca plantaram”. Adam Smith

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