No Brasil, existem 43,7 mil pessoas que estão à espera de um transplante que pode salvar suas vidas. O país é uma referência no transplante de órgãos, ocupando a quarta posição no mundo em números absolutos.
Desde o início do ano de 2024, foram realizados 4,7 mil transplantes. O número representa pouco mais de 10% dos pacientes que aguardam por uma doação.
Tipos de transplante
A maior demanda é pelo transplante de rim: cerca de 40 mil pessoas. O médico Gustavo Fernandes, diretor do programa de transplantes da Santa Casa de Juiz de Fora, explica que o rim é o órgão mais atingido pelas doenças mais comuns no Brasil, como a diabetes e a pressão alta.
“Temos uma demanda grande pelo transplante de rim porque ele é um órgão afetado pelas doenças mais predominantes no país. É um desafio atender a demanda porque a fila não para de crescer”, disse em entrevista ao portal g1
A taxa média de espera é de 18 meses. Este tempo, no entanto, pode variar de acordo com o tipo de transplante, estado de saúde do paciente e volume de doadores. O paciente Luiz Perillo precisa um transplante multivisceral: são cinco órgãos – rim, fígado, pâncreas, intestino e estômago – que precisam ser doados de uma mesma pessoa, o que torna o processo mais complexo e demorado. São três anos à espera.
Veja a lista de espera por órgão:
1- Rim- 40.446;
2- Fígado- 2.297;
3- Coração- 404;
4- Pâncreas- 388;
5- Pulmão- 201;
6- Multivesceral- 6.
Os números totais, referentes ao ano de 2024, são do Ministério da Saúde e abragem todo o Brasil.