VIROU MANTRA se desdenhar e atacar o PT, que nem no poder se encontra mais. Foi varrido do mapa do poder no estado. Mas os que entram por este caminho já passaram pela gamela petista. Podia pegar dezenas de exemplos. Mas vou pegar apenas três. Vamos começar pelo mais acirrado anti-petista, o senador Márcio Bittar (UB), hoje bolsonarista radical da extrema-direita. Começou sua carreira política no Partido Comunista do Brasil, chegando a ser doutrinado na antiga União Soviética. Bittar também passou pela Frente Popular do Acre, que tanto ataca, e que era comandada pelo PT. Quando era filiado no PSB foi um ferrenho cabo-eleitoral do candidato a prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim (PT), de quem esteve no palanque.
O prefeito Tião Bocalom (PL), que tanto fala mal do PT, foi secretário de Agricultura no governo do Jorge Viana (PT). De uma forma ou de outra passou pelas fileiras petistas. O Marcus Alexandre (MDB) foi do PT até ontem. Os três estão hoje em partidos tradicionais, com o Marcus e o Bocalom disputando a PMRB. Qual é o problema? Qual é o problema de terem mudado de partido? Vamos então parar com o debate medíocre e de falsa ideologia. Não tem problema nenhum, nada que os desabone, por um dia terem de uma forma ou de outra estado no palanque do PT, e deixado o partido. “A política é dinâmica”, já dizia o saudoso filósofo do Abunã, Rapirã e cercanias, Luiz Pereira de Lima. Por todos estes fatos, nem o Márcio Bittar, nem o Tião Bocalom e nem o Marcus Alexandre, podem desfraldar a bandeira de ataques ao PT. O bocado comido não pode ser esquecido.
PORTA ABERTA
HÁ correntes dentro do PSD defendendo que o partido dê cartas de liberação aos deputados Eduardo Ribeiro (PSD) e Pablo Bregense (PSD). “Nunca foram orgânicos, nunca participaram de nada no partido, então, não vamos perder o que não temos”, disse ontem uma fonte do PSD ao BLOG.
MONITORADOS COM LUPA
Segundo uma boa fonte do PSD, ambos serão monitorados com lupa na campanha para enquadrá-los em infidelidade partidária, caso apoiem candidatos adversários do partido. As cartas de liberações só seriam dadas neste caso, após a campanha política.
PERDEU A FLEUMA
O DEPUTADO Eduardo Ribeiro (PSD) é uma figura calma, educada, centrada, não é um arrogante, por isso não lhe caiu bem a sua fala agressiva e pessoal na ALEAC, contra o senador Sérgio Petecão (PSD), que nunca abriu a boca para lhe ofender. Foi uma injustiça a quem lhe deu legenda para ser candidato a deputado estadual. Como dizia Che Guevara: “Pode-se ser duro, mas sem perder a ternura”. Podia ter saído na defesa do colega Pablo Bregense (PSD), mas sem perder a fleuma.
SITUAÇÃO DEFINIDA
VAMOS comentar sem nenhuma emoção: os deputados Eduardo Ribeiro (PSD) e Pablo Bregense (PSD) são bastante inteligentes para saber que não existe mais clima para ambos dentro do PSD. E na política, quando isso ocorre, não existe caminho a não ser procurar outro partido para se filiar. Isso está claro.
ACIMA DO REGIMENTO
ACIMA de qualquer Regimento Interno de qualquer casa parlamentar está a lei. E a lei estabelece que quem indica o líder do partido nas casas parlamentares, é a sua executiva. Essa posição intransigente do deputado Eduardo Ribeiro (PSD) de querer ser líder dele mesmo vai ser ajuizada pelo partido, vai acabar numa briga jurídica, que não trará benefícios a nenhum dos envolvidos, só aporrinhação e exposição negativa. A emoção nunca deve vir antes da razão. A melhor briga é a que não existe, diz o ditado popular.
BOLA DENTRO
A INFORMAÇÃO veio de uma boa fonte: a vice-governadora Mailza Assis já teria tido o aval do governador Gladson Cameli para assumir como Secretária de Ação Social. Seria uma bola dentro, numa secretaria teria como se locomover, politicamente, com mais desenvoltura do que trancada no seu gabinete de vice-governadora.
MAIS UM EVANGÉLICO
QUEM deve se integrar à equipe da vice-governadora Mailza Gomes após o término do seu mandato no fim do ano, como vice do prefeito Zequinha Lima (PP), é o ex-deputado Henrique Afonso; que para variar é Pastor evangélico, e vai se somar ao numeroso “grupo da aleluia”, que já integra o gabinete a vice-governadora.
QUALIFICAÇÃO POLÍTICA
O DEPUTADO Afonso Fernandes está colocando, no estado, o SOLIDARIEDADE num patamar de qualificação política. Deve reunir amanhã, especialistas em campanhas e membros da direção nacional, num encontro com os candidatos do SOLIDARIEDADE a vereadores de todos os municípios, para uma palestra sobre legislação eleitoral, redes sociais, marketing político e planejamento de campanha. Isso é pensar grande na política, e deve servir de exemplo aos demais partidos.
MAIS UM DO PT
FALTOU incluir na longa lista de ex-prefeitos do PT, que são candidatos a prefeito nesta eleição por partidos tradicionais o Michel Marques (UB), que disputa a prefeitura do Bujari.
DUAS METAS
APOIADORES do candidato a vereador, o ex-secretário Joabe Lira (UB), dizem que ele tem duas metas: ser o mais votado desta eleição e ser o futuro presidente da Câmara Municipal de Rio Branco.
DUAS SITUAÇÕES DIFERENTES
COM seis secretarias municipais apoiando a sua candidatura a vereador, não é demais o Joabe Lira (UB) sonhar com uma boa votação. Só que a escolha do próximo presidente da Câmara Municipal passará por quem for o futuro prefeito. E isso não depende apenas da sua vontade, mas pela majestade eleitor.
CUMPRE A LEI
NESTA questão da determinação judicial para demissões de secretários da prefeitura de Tarauacá, a prefeita Néia (PDT) não pode se sentir perseguida. O MP, que fez a peça da Denúncia, apenas observou a lei que proíbe o nepotismo em repartições públicas.
RECONHECIMENTO É VIRTUDE
AO entregar um ginásio poliesportivo aos moradores da BONAL, a prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, mostrou ter uma virtude: não esquecer quem lhe ajudou, ao lembrar que a emenda parlamentar para construção da obra veio do senador Sérgio Petecão (PSD). Belo gesto.
NOME NA PAUTA
UM NOVO nome veio se somar às várias opções para ser o vice na chapa do candidato a prefeito, Marcus Alexandre (MDB), o do médico Thor Dantas, um dos lutadores contra o negacionismo da vacina durante a pandemia do Covid. Até o momento, a cúpula do MDB tem evitado abrir este debate, que ficará para a primeira quinzena de julho. E o Marcus não dá sinal sobre a sua preferência.
TODOS PARTICIPANDO
AO SER entrevistado pelo jornalista Astério Moreira no seu bom programa Gazeta em Debate, na TV-GAZETA, o cabeça branca do MDB, o João Correia, disse que o debate de vice será amplo, com todos os partidos da aliança tendo o mesmo peso político.
VICE EM ABERTO
EM CRUZEIRO DO SUL, o debate sobre os nomes dos vices nas chapas para a prefeitura, do prefeito Zequinha Lima (PP) e da médica Jéssica Sales (MDB), continua em aberto e com nada definido pelos dois candidatos.
BOM PARA A POLÍTICA
O FATO de nesta eleição para vereador da capital ser grande o número de candidatos com boa qualificação profissional, é bom para a política. Quando as pessoas preparadas não entram na política, o espaço é ocupado pelos medíocres.
ENXUGANDO GELO
O DNIT vai continuar enxugando gelo na questão da BR-364 para Cruzeiro do Sul, e se limitando a serviços precários. O valor é alto para o asfaltamento em toda a sua extensão. Até isso não ser resolvido, o DNIT vai continuar enxugando gelo. É a rodovia no inverno virando um ramal e seus atoleiros.
FRASE MARCANTE
“Ás vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar vale apenas ter nascido”. Fernando Pessoa.