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Vídeo: pipoqueiro é imobilizado com ‘mata-leão’ por PM; ‘Apaguei, urinei, não lembro de nada’

Um pipoqueiro de 42 anos foi imobilizado por um policial militar com “mata-leão” na Rua Vilela, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo, na tarde dessa terça-feira (4/6).

O golpe é proibido em abordagens policiais em todo o estado desde julho de 2020.

Pessoas que passavam pelo local filmaram a abordagem, que viralizou nas redes sociais. A PM rende o pipoqueiro e aplica o “mata-leão” para imobilizá-lo. O rapaz parece desmaiar, mas, ainda assim, um dos policiais chega a colocar o joelho em cima do vendedor.

Outro agente joga algo parecido com ser spray de pimenta nas pessoas que gritavam em volta e reclamavam da ação.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que policias militares realizaram a abordagem ao homem, que relatou não ter autorização da prefeitura para trabalhar como ambulante.

“As circunstâncias do ocorrido são apuradas pelas polícias Civil e Militar. Na tarde dessa terça-feira (4/6), policiais militares realizaram a abordagem a um homem, de 42 anos, que relatou não ter autorização da prefeitura para trabalhar como ambulante”, disse a pasta.

Veja o vídeo:

Pipoqueiro se diz humilhado

O pipoqueiro, identificado como Manuel Ferreira de Albuquerque, afirmou ao programa Balanço Geral, da TV Record, que se sentiu humilhado com a abordagem.

“O jeito que eles vêm abordar a gente, um trabalhador de rua, não pode ser desse jeito. A única coisa é que eu fiquei segurando a minha força de trabalho. Só foi isso. Por que passar por isso? Sendo que você está trabalhando? Eu apaguei, urinei, não me lembro de nada. Humilhante, todo mundo vê. Não é desse jeito que abordam, por mais irregular que esteja o trabalho, não pode ser desse jeito. A polícia precisa ser bem preparada”, disse o vendedor.

Segundo a SSP, foi registrado um boletim de ocorrência no 30° Distrito Policial (Tatuapé), como resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal.

A pasta informou ainda que as partes foram orientadas quanto ao prazo para representação criminal. A Polícia Militar instaurou uma investigação preliminar, que analisará além das imagens da ação, as presentes nas câmeras corporais dos policiais.

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