Karlee Ozkurt, uma residente de Wisconsin, nos Estados Unidos, enfrenta uma terrível realidade com apenas 20 anos. Os médicos a informaram que seus pulmões foram irreparavelmente danificados pelo uso excessivo de cigarros eletrônicos, ou “vape”. A garota recebeu a notícia de que a expectativa de vida está significativamente reduzida até os 40 anos de idade.
Ozkurt iniciou o hábito de consumir o vape aos 15 anos, atraída pela sensação de pertencimento e por parecer mais “descolada”. Ela admitiu ter consumido cerca de 600 tragadas por dia, subestimando os perigos do vício em nicotina.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Karlee Ozkurt se abriu sobre o acontecimento e disse que “você nunca pensa que esse tipo de coisa vai acontecer com você, mas aconteceu comigo. Parecia que meu pulmão estava pegando fogo. Caí na armadilha de pensar que vaporizar era legal – mas é estúpido. Eu não percebi até que fosse tarde demais. E o que é preocupante é que ainda não sei se causei danos irreparáveis porque não temos conhecimento dos efeitos a longo prazo”.
Ela diz no vídeo que em 2021 enfrentou seu primeiro colapso pulmonar; um alerta precoce sobre os danos iminentes à sua saúde. No entanto, mesmo após essa experiência traumática, ela não conseguiu se libertar do hábito. No ano seguinte, outro colapso pulmonar grave a deixou à beira da morte, forçando-a a passar por procedimentos médicos intensivos para salvar sua vida.
Uso do vape a longo prazo
O caso de Ozkurt é apenas um entre muitos, conforme alertam estudos recentes. Pesquisadores do Center for Tobacco Research da The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine descobriram que apenas 30 dias de uso de vapes podem desencadear problemas respiratórios severos, mesmo em indivíduos jovens e saudáveis.
A Associação Brasileira de Cardiologia revelou que o uso de cigarros eletrônicos aumenta em 1,79% o risco de infarto. Pesquisas demonstram que os diversos componentes químicos presentes nesses dispositivos contribuem para o desenvolvimento de doenças inflamatórias crônicas.
No Brasil, a venda, importação e publicidade de vapes são proibidas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiterou essa proibição em 2022, citando evidências científicas dos riscos à saúde.
O caso de Karlee Ozkurt serve como um lembrete contundente dos perigos associados ao uso de vapes. Isso vale, especialmente, entre os jovens. A situação reforça a importância de medidas regulatórias e educacionais para combater essa epidemia de saúde pública.
Fonte: Terra