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“Dama do tráfico” cita prisão de Lula em apelo por proteção

Conhecida como “dama do tráfico amazonense”, Luciane Farias, mulher de Clemilson dos Santos Farias, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, disse que se tornou alvo de ofensas nas redes sociais desde que foi a Brasília e pediu ajuda ao governo federal.

Luciane preside a ILA (Associação Instituto Liberdade do Amazonas), que afirma atuar na defesa dos familiares de pessoas presas. No começo do mês, ela participou de um evento sobre prevenção e combate à tortura, custeado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Em entrevista ao UOL publicada nesta 6ª feira (17.nov.2023), Luciane disse que está sendo tratada como criminosa por pessoas que não acreditam na pauta que ela defende. “As pessoas que não levantam a bandeira para essa pauta me atacam em redes sociais, e isso me afeta mentalmente”.

Segundo Luciane, o apelido de “dama do tráfico amazonense” foi atribuído a ela nos últimos dias e causou um “dano irreversível”.

A mulher do líder do CV no Amazonas fez um apelo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para a primeira-dama, Janja Lula da Silva, para a que as políticas de proteção a defensores de direitos humanos seja reforçada.

“Quero sensibilizar nosso presidente, que passou pelo sistema, a Janja que já visitou [unidades prisionais]. Talvez eles não tenham passado por tantas mazelas, porque o status é diferente. Queria que olhassem para a gente, ativistas de direitos humanos, e criassem protocolos para nos proteger”, pediu. “Queria que olhassem para mim como a esposa de uma pessoa que errou, mas não como uma criminosa”, completou.

Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, foi condenado por lavagem de dinheiro, associação ao tráfico e organização criminosa, e cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Já Luciane afirmou ter sido investigada por associação ao tráfico, mas absolvida em 1ª instância.

“Sou cidadã, sou brasileira, estava na casa do povo. Tenho documento para comprovar que não sou condenada. Vou ter que andar com esses papéis embaixo dos braços?”, perguntou.

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