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Conservador e governista: veja o perfil do parlamento do Acre

A Assembleia Legislativa do Acre realiza nesta quarta-feira, 1 de fevereiro, sessão para dar posse aos 24 deputados que atuarão nesta nova legislatura. Eles foram eleitos em outubro do ano passado e, segundo o Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Ocidental, simbolizam ao mesmo tempo força na base governista e renovação parlamentar. “Se as eleições estaduais para a Assembleia evidenciam uma base de governo fortalecida, também marcam a renovação. Dos 24 deputados estaduais da legislatura atual, somente a metade foi reeleita”, analisa o Laboratório.
Dos 12 deputados reeleitos, apenas um parlamentar, Edvaldo Magalhães, (PC do B) declaradamente não integra a base de sustentação do atual governador na Assembleia. Os três candidatos reeleitos pelo mesmo partido do governador (PP) – Nicolau Júnior, Maria Antônia e Manoel Morais -estão entre os quatro mais votados, reforçando, segundo Laboratório, o indicativo da força do partido do governador para o sucesso eleitoral dos parlamentares.
Houve um alargamento substancial da direita, consolidando a tendência observada nos anos anteriores. Os partidos à direita na composição da Casa saltaram de 40% para 58%. O centro teve um decréscimo, passou de 24% para 16% e a esquerda caiu de 35% para 25%.
Dos 24 deputados que irão compor a nova legislatura em 2023, 14 são de partidos considerados pertencentes ao espectro ideológico da direita. Por outro lado, partidos à esquerda não tiveram bom desempenho eleitoral. O PT e o PV, por exemplo, perderam as duas cadeiras conquistadas em 2018. Em paralelo, houve o fortalecimento do PDT, que ampliou de um para quatro parlamentares eleitos nestas eleições.
As eleições evidenciaram menor nível de fragmentação partidária. Ao todo foram 11 partidos com votação significativa para galgar assentos, cinco a menos do observado na legislatura atual.
A nova composição da Aleac contará com forças políticas e partidos fortalecidos, como é o caso do PDT, considerado vitorioso nas eleições deste ano, com quatro deputados eleitos, constituindo a maior bancada do parlamento. Os partidos PP, MDB e Republicanos elegeram três parlamentares cada. União Brasil, PL, Podemos e PSD elegeram dois deputados estaduais e PSB, PC do B e PSDB um deputado. Importante ressaltar que o PT, maior força política no Acre por 20 anos, não conquistou cadeiras na Aleac nestas eleições.
“Diante da composição atual da Aleac e da vitória ainda em primeiro turno do governador atual pode-se presumir que o Executivo não terá muitas dificuldades em constituir maioria e definir a agenda diante de uma Assembleia predominantemente conservadora e alinhada com o governo”, conclui o Laboratório.

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