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O governo do Acre, por meio do Serviço de Água e Esgoto do Estado (Saneacre), implantou mais uma estação de tratamento de água (ETA) no Bujari. Com a nova estrutura, será possível dobrar a capacidade de tratamento e garantir o volume de água tratada necessário para atender a necessidade de consumo dos moradores do município no período chuvoso, quando ocorre maior turbidez da água captada, o que implicaria em reduzir a capacidade de tratamento para manter a qualidade do líquido.

A intervenção já impacta de forma positiva a rotina dos moradores. “Graças a Deus, melhorou bastante. Senti a diferença; agora, quando abre o registro, cai água aqui para mim e para todos da rua”, conta Maria Efigênia Silva, moradora da região central do Bujari.

Para evitar problemas futuros no abastecimento, a barragem do açude que compõe o sistema de abastecimento de água do município foi aumentada em 60 centímetros, o que vai garantir o acúmulo de maior volume de água para captação no próximo verão. O próximo passo será aprofundar o leito, para aumentar ainda mais a reserva de água bruta.

De acordo com o presidente do Saneacre, Ítalo Lopes, hoje o Estado trabalha para garantir o abastecimento do município independente do período de estiagem: “Estamos trabalhando em uma solução definitiva, que está sendo construída junto com a prefeitura, câmara de vereadores, Casa Civil do Estado e representantes da população, que têm nos ajudado muito. Aumentamos o reservatório de água no Bujari e estamos aumentando ainda mais para não ter mais risco de desabastecimento nos próximos períodos de estiagem”.

Crise hídrica
Localizado a 24 km da capital, Rio Branco, o município do Bujari há anos enfrenta problemas de abastecimento quando há estiagem prolongada. Em 2022, a seca voltou a castigar, e várias foram as medidas para amenizar os efeitos da crise hídrica e levar água tratada à população. As ações contaram com o apoio do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), Defesa Civil, Prefeitura de Rio Branco e Prefeitura do Bujari.

Ainda em setembro, quando o nível do reservatório de água bruta (açude) que abastece a cidade estava bem abaixo do ideal, a primeira providência foi deslocar sete caminhões-pipa para reforçar o abastecimento da cidade. Com o apoio das equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas do Estado (Ciopaer), a diretoria e a equipe técnica do Saneacre realizaram um sobrevoo na região, com o objetivo de mapear fontes alternativas.

A estrutura foi adaptada para captar água de uma nova fonte localizada e, com os carros-pipa reforçando, o problema foi amenizado. Mas essa nova fonte também secou, sendo necessário recorrer a outras duas e aumentar o número de carros-pipa. Num único dia, 18 pipas transportaram 650 mil litros de água potável, mais que o dobro do volume diário até então disponibilizado para atender o município.

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