Vitor Hugo Calixto –
Após dois anos suspensa por conta da pandemia de covid-19, a 47ª edição da Expoacre será realizada este ano entre os dias 30 de julho e 7 de agosto, em Rio Branco. A feira é uma vitrine do Acre para atração de investimentos nacionais e internacionais.
Na edição de 2019, foram registrados investimentos na ordem de R$ 74 milhões, o que já representava aproximadamente mais de 50% do valor planejado para negócios durante o evento, e mais R$ 20 milhões concretizados após o término do evento, totalizando R$ 94 milhões em negócios.
De acordo com o diretor técnico do Sebrae, Lauro Santos, as expectativas são de que essa edição da feira seja uma das maiores de todos os tempos, e que o fluxo de negócios gerados sejam de R$ 100 milhões.
“Este ano, nossa feira acontece no período da manhã, tarde e noite, e pretendemos com isso conseguir mais oportunidades de negócio, lançar produtos e celebrar convênios”, explica Santos.
Os indicadores financeiros, elaborados numa parceria entre o Sebrae e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), apontam que, em 2019, o retorno sobre o investimento (ROI), que é um cálculo entre o valor investido e o faturamento, a cada R$ 1 investido no evento, recebeu R$ 87,88 de retorno.
“Estamos negociando com os organizadores da feira, para que apenas negócios formalizados possam participar da Expoacre. A ideia é que os ambulantes sejam todos capacitados e identificados para participação durante os nove dias”, afirma Santos.
Participação de instituições financeiras na Expoacre 2022
As tradicionais parcerias entre as instituições financeiras e o Estado também são importantes para os negócios e oportunidades que são firmadas durante a exposição. Os tradicionais parceiros, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal e o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) vão participar e investir na feira.
O Banco do Brasil, com seus estandes, pretende realizar investimentos na área do agronegócio, além de demonstrar as potencialidades de investimentos agropecuários no Acre e de procurar parceiros para melhorar a infraestrutura no escoamento de produtos.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), fundo do governo federal para fomento do desenvolvimento da Região Norte, administrado pelo Banco da Amazônia (Basa), é utilizado em grande parte para investimentos no Acre e, durante a Expoacre, vai estimular negócios na área do turismo e agronegócio.
A Caixa Econômica Federal vai apresentar suas linhas de crédito voltadas para o agronegócio, e durante a exposição vai mostrar todas as alternativas e melhorias na oferta de negócios ao público em seu estande.
O turismo, que é uma importante fonte de renda para pequenos e médios empresários no Acre, foi impactado negativamente com as medidas de distanciamento por conta do coronavírus, desde 2020. Como forma de fomentar essa área comercial e alavancar investimentos, o Sicredi, com seus estandes na exposição, vai realizar o mapeamento de negócios e buscar investimentos com ênfase no turismo no estado.
De acordo com Taiane Belarmino, diretora técnica da Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo (Seet), o Acre precisa fortalecer a produção, e por isso os bancos são importantes agentes financeiros na implantação e oferta de crédito para os produtores rurais ou agropecuários.
“Ter os bancos de fomento presentes na Expoacre é fundamental para alavancar o desenvolvimento das cadeias produtivas do Acre. A feira é uma vitrine para o agro, e os bancos são os grandes parceiros na missão de fomentar a economia acreana”, afirma Taiane.