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“Chegou o alerta vermelho, é hora de dividirmos a responsabilidade o governo não pode resolver essa questão sozinho”, desabafa Gladson Cameli

“Chegou o alerta vermelho, é hora de dividirmos a responsabilidade. O governo não pode resolver essa questão sozinho. É preciso que as pessoas se conscientizem e contribuíam para que os casos parem de aumentar”. O apelo foi feito pelo governador Gladson Cameli na manhã desta segunda-feira, 11, durante entrevistas concedidas à Rede Amazônica e à TV Gazeta. Pesquisas feitas por especialistas mostravam que o pico da pandemia do novo coronavírus no Acre seria no fim do mês de maio, no entanto, já foram registrados mais de 1400 casos até o domingo, 10.

Para demostrar o empenho do poder público em estruturar a rede de saúde para atender as pessoas acometidas pela doença, o governador pontuou as medidas que estão sendo tomadas, como a assinatura da ordem de serviço para a construção de hospitais de campanha em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul e também a assinatura de contratos com hospitais da rede particular de Rio Branco para atender os pacientes.

“A situação é muito preocupante. Já atingimos o pico e teremos momentos críticos nos próximos dias em relação ao aumento do número de casos. Peço que os contratos com os hospitais particulares sejam cumpridos para que possamos garantir os atendimentos”, disse Gladson.

As estruturas que vêm sendo construídas para os hospitais de campanha serão utilizadas para reforçar a saúde no estado quando a pandemia estiver controlada. O governo planeja construir mais dois hospitais de campanha. “Nosso maior gargalo é o tempo, estamos correndo para garantir que vamos salvar vidas”.

Chegada de mais 10 mil kits para testagem de Covid-19

O governador falou ainda da chegada de 10 mil kits para a testagem da Covid-19 e de equipamentos de proteção individual que serão distribuídos nos municípios do estado. Além disso, o governo efetivou a compra de mais 30 respiradores que devem chegar ao Acre em até 15 dias.

Com o aumento do número de casos cresce também a demanda por unidades de saúde. Na semana passada os pacientes que estavam internados no PS foram transferidos para o Into, local onde está concentrado o atendimento a pacientes que precisam de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Neste primeiro momento, 11 leitos estão disponíveis. Até o final desta semana, o Ministério da Saúde deve enviar equipamentos para a estruturação de mais 10 leitos de UTI.

“Os hospitais estão chegando ao limite. Estamos numa situação que não podemos ficar fazendo escolhas, precisamos agir de imediato”.

Sobre a possibilidade de decretar lockdown o governador foi enfático dizendo que a população não está cumprindo o distanciamento social imposto por decreto e, por isso, é preciso endurecer as medidas para conter o crescimento do número de casos da Covid-19. “Já iniciamos as tratativas sobre este assunto. Num primeiro momento vamos fechar ruas e avenidas, vou esticar até onde der antes de fechar tudo, mas se os casos continuarem aumentando iremos tomar a medida mais radical. Não tem meio termo, se continuar do que jeito que está [aglomeração nas ruas] depois não adianta reclamar que não tem hospital”. disse o governador.

O detalhamento das medidas de rodízio de veículos e de fechamento de ruas será publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado.

Em relação à economia, o governador voltou a dizer que a prioridade é salvar vidas, mas que o governo está atento ao setor e que equipes estão planejando um pacote de medidas para a geração de emprego e renda para reaquecer a economia. “Estamos elaborando um pacote de medidas para reaquecer a economia. Vamos nos unir, cuidar das pessoas. Espero que possamos sair dessa pandemia mais fortes. Juntos vamos vencer”.

Assessoria

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