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Após queda e estabilização, doenças respiratórias tendem a crescer no Acre, mostra Fiocruz

O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (14/11), destaca aumento de casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro em praticamente todas as faixas etárias. Nas crianças e adolescentes o aumento está associado ao rinovírus, enquanto que nos idosos está relacionado à Covid-19, embora as hospitalizações por Covid-19 nessa faixa etária já apresentem sinal de desaceleração. A atualização mostra que o estado de Goiás também apresenta aumento dos casos de SRAG entre crianças, adolescentes e idosos. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 45, período de 3 a 9 de novembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,9% para influenza A; 10,6% para influenza B; 4,9% para vírus sincicial respiratório (VSR); 40,1% para rinovírus e 23,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 16,8% para influenza A. 11,2% para influenza B; 10,2% para rinovírus; 57,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19); e nula para VSR.

Diante desse cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, sugere o uso de máscaras em locais fechados, com menor circulação de ar, e também dentro dos postos de saúde. “Em caso de aparecimento de sintomas, o recomendado é manter a etiqueta respiratória com o uso de máscaras e evitar tossir/espirrar perto de outras pessoas. A gente reforça também a importância de manter a vacinação respiração contra a Covid-19 em dia, especialmente para as pessoas do grupo de risco”, afirma Tatiana.

Estados e Capitais

O relatório mostra que 10 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Amazonas (AM), Amapá (AP), Ceará (CE), Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Maranhão (MA), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio de Janeiro (RJ) e Roraima (RR).

No Amapá, Maranhão e Roraima, o crescimento dos casos de SRAG se concentra nas crianças e, em alguns estados, também nos adolescentes, impulsionado principalmente pelo rinovírus. Os estados do Amazonas, Espírito Santo e Piauí também apresentam sinais de crescimento dos casos de SRAG concentrados nessas faixas etárias. Os dados laboratoriais desses estados ainda não permitem identificar o vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG, mas é possível que esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças, como o rinovírus, o VSR, o adenovírus ou o metapneumovírus.

Entre as capitais, nove apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Natal (RN), São Luís (MA), São Paulo (SP), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Teresina (PI).

 

Óbitos e ano epidemiológico 2024

Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 156.309 casos de SRAG, sendo 73.283 (46,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório 66.441 (42,5%) negativos, e ao menos 8.310 (5,3%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial associado.

Já em relação aos óbitos de SRAG em 2024, já foram registrados 9.544 óbitos, sendo 4.909 (51,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 3.866 (40,5%) negativos, 162 (1,7%) e ao menos aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, 28,2% são influenza A; 1,8% são influenza B; 8,5% são VSR; 8,7% são rinovírus; e 52% são Sars-CoV-2 (Covid-19).

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