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Novidade no País, lote de arroz rastreado chega ao Acre e cinco Estados

Sociedade Nacional de Agricultura —

A SNA conversou com a Arrozeira Pelotas que está lançando no mercado o primeiro lote do cereal rastreado, com tecnologia da Embrapa, oferecendo, por meio de um QR Code na embalagem, o acesso a informações sobre a origem da matéria-prima, desde o plantio até o consumidor final, assim como também uma tabela nutricional do produto.

A Supervisora de qualidade na Arrozeira Pelotas Nathália Xavier explicou para esse Portal que o primeiro lote de envio chegará no Distrito Federal, seguido dos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará. Neste primeiro momento, foram rastreadas cerca de 300 toneladas de arroz branco tipo 1 da marca Brilhante. Mas, a ideia da Arrozeira Pelotas é produzir novos lotes, expandindo para outros produtos, como o arroz parboilizado e o arroz parboilizado integral.

O trabalho de rastreabilidade foi realizado junto a produtores que cultivam as variedades do portfólio da Embrapa: BRS Pampa e BRS Pampeira.

Atendimento à legislação e às demandas dos consumidores
Realizada por demanda do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a iniciativa visa atender à Lei do Autocontrole, que prevê o compartilhamento de responsabilidades entre governo e setor produtivo na fiscalização da produção agropecuária. A legislação, ainda em processo de regulamentação, determina a necessidade de monitoramento e o registro auditável de informações ligadas aos processos produtivos, de maneira a garantir qualidade, segurança e conformidade legal aos produtos.

Nathalia Xavier disse que o projeto para rastreabilidade teve o apoio da diretoria e gerência da empresa, que já vem trabalhando para atender às legislações vigentes, adotando mecanismos de autocontrole e certificações. “Com o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade da Embrapa, o Sibraar, nosso objetivo é disponibilizar aos consumidores informações relevantes sobre o produto, demonstrando transparência no controle do nosso processo de produção”, completa.

Para o pesquisador responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, Alexandre de Castro, da Embrapa Clima Temperado (RS), é importante fomentar uma cultura de rastreabilidade para que o consumidor tenha acesso às informações sobre o que está consumindo, além de promover um diferencial de mercado para a indústria. “Ainda é uma questão cultural que está se iniciando no Brasil. Na Europa, isso já está mais difundido e as pessoas só compram o produto se for rastreado. Os europeus são mais exigentes em relação à origem dos produtos comercializados”.

Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário (MTb 13.9290) marcelosa@sna.agr.br

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