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Marina Silva compara incêndios em São Paulo ao “Dia do Fogo” da Amazônia

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), declarou que os incêndios que atingiram diferentes pontos do estado de São Paulo no último fim de semana são comparáveis ao “Dia do Fogo”, que ocorreu em 10 de agosto de 2019 na Amazônia. A expressão se refere à ação coordenada de fazendeiros, garimpeiros e grileiros que provocou grandes incêndios na região amazônica.
Marina Silva classificou a situação como “atípica” e enfatizou a necessidade de uma “investigação cuidadosa” para esclarecer as causas dos incêndios que afetaram 10 cidades paulistas. Ela destacou a importância de uma colaboração entre a União e o Governo do Estado para o combate ao fogo.A ministra também mencionou uma “queda consistente” no desmatamento nos últimos quatro meses em vários biomas do Matopiba, que inclui os estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. Segundo ela, a queda foi de 50% na Bahia, com resultados semelhantes no Maranhão e Tocantins. No entanto, o Piauí mantém uma “tendência de alta” no desmatamento.
Marina atribui a redução do desmatamento aos esforços do PPCerrado (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Bioma Cerrado) e afirmou que o governo está trabalhando em planos para outros biomas, como a Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

A ministra expressou a expectativa de que um mecanismo de pagamento por florestas preservadas ou restauradas esteja “operacional” até a COP30, prevista para novembro de 2025. Esse mecanismo deverá ser financiado por agências multilaterais e países desenvolvidos como Alemanha, Noruega e Reino Unido. Segundo Marina, o Brasil já possui o Fundo Amazônia e outras iniciativas importantes, mas falta um incentivo para aqueles que preservam.
Exploração de petróleo na foz do Amazonas
Sobre a polêmica exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, Marina afirmou que o Ibama não decide se o projeto será aprovado, mas sim verifica a viabilidade ambiental. Ela esclareceu que já houve duas negativas de licença por insuficiência de informações ambientais e que o novo pedido está em análise. A decisão final será técnica, independentemente do parecer.

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