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A encantadora musicalidade dos Jovens Sonhadores, do povo Puyanawa

A apresentação do grupo Akirasiavu Puya Txurã Ãdeterã, que significa Jovens Sonhadores, ganhou o público com canções tradicionais do Povo Puyanawa, no palco principal do Salão do Turismo, neste sábado, 10, no Rio de Janeiro. O grupo apresentou canções que falam dos costumes dos antigos, dos seres encantados, dos adereços do povo, da natureza e pedidos de proteção e bênçãos de Deus.

O grupo participa da 8ª Edição do Salão do Turismo com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc/AC), integrado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/AC), e do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), em parceria com a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), e Prefeitura de Mâncio Lima.

O cacique Joel Puyanawa explica que cantar no evento é uma oportunidade para todos que enxergam o turismo com respeito, transmitindo alegria: “Cantar ali hoje é uma realização e um encontro de representatividade de cultura e tradição, eu acredito que isso é o turismo brasileiro, onde tem a oportunidade para todos que levam turismo com sinceridade e respeito”, disse.

“Cantar nesse palco é fazer um reconhecimento de transmissão de alegria e de energia. É isso que o Povo Puyanawa sabe fazer com muito amor e carinho, também com muito respeito a todos que aqui estão nos assistindo”, acrescentou Joel.

Bruna Castillo estava trabalhando na exposição de turismo Odoiá, quando ouviu as canções do grupo Puyanawa e procurou assistir a apresentação: “Eu estava ali e eu comecei a ouvir e falei: ‘Nossa, que lindo! Eu preciso ir lá!’. E aí eu pedi para a minha amiga ficar olhando o estande. E aí eu cheguei e foi até difícil eu voltar, porque eu fechei o olho, comecei a ouvir a música e foi muito emocionante porque é uma força muito grande dos povos indígenas, que são os nossos originários”, expressou.

“A força do canto deles é muito emocionante, me emocionou muito, chorei, porque é difícil conter. É muita força e chega no coração de uma voz muito forte, então foi incrível ver eles ali e ouvir. Eu estava vendo o vídeo atrás deles e quando eu fechei o olho eu falei: ‘Nossa, espero um dia sentir isso presencialmente. Seria incrível’, acrescentou.

“As músicas falam um pouco das nossas tradições, dos nossos costumes, dos nossos antigos, mas também cantamos pedindo bênção de Deus, e proteção. Estamos falando também de seres encantados, falando da proteção que vem da nossa pintura, dos nossos adereços, e principalmente da natureza que nos cerca todos os dias”, explicou a cantora e violonista do grupo, Carol Uhmīsība Puyanawa.

Há muitos anos encantando o público com canções tradicionais, Carol explica que o grupo é uma grande família: “A gente já está nessa caminhada há mais de vinte anos, somos família, primos, marido e mulher, irmão, sobrinhos, é tudo uma família só porque parente é assim, só aumentando a família. O cacique viu todo mundo que está aqui nascer, crescer, se desenvolver, e a gente está junto nessa caminhada”, ressaltou.

“A apresentação do grupo foi um momento muito importante para o estado. No ano passado nós trouxemos outro grupo indígena e esse ano nós tivemos a alegria de trazer o povo Puyanawa. Foi uma parceria essencial entre a Sete e o Sesc, que foi o principal financiador dessa apresentação. É um grupo que representa muito do que é oferecido nos festivais indígenas, que também estão sendo apresentados nos nossos estandes, demonstrando a riqueza que o turismo do Acre tem a oferecer”, destacou Jackson Viana, diretor de Turismo da Sete em exercício.

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