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Por que fumar causa câncer de bexiga? Órgão é o segundo mais afetado entre fumantes

Muito além dos pulmões, o tabagismo pode trazer prejuízos a diferentes órgãos do corpo humano. O câncer de bexiga, por exemplo, tem como principal fator de risco o cigarro, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Fumantes têm três vezes mais chances de desenvolver esse tipo de câncer, segundo informações do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR).

O cirurgião oncológico e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Leandro Carvalho Ribeiro, afirma que, de fato, “aproximadamente 50% dos pacientes com câncer de bexiga têm um histórico importante de tabagismo no passado ou são fumantes ativos no momento do diagnóstico”.

O tempo de tabagismo e a quantidade de cigarros consumidos ao longo da vida podem influenciar diretamente o risco de desenvolver a doença, como demonstram estudos ao redor do mundo.

Por que a bexiga?

Mas, afinal, por que o cigarro é o principal responsável pelo câncer de bexiga? De acordo com o especialista, as células uroteliais, que cobrem a porção interna da mucosa da bexiga, são especialmente sensíveis aos produtos da metabolização do cigarro no corpo.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão responsável por investigar e determinar quais são os fatores de risco associados ao desenvolvimento de diversos tumores, identificou mais de 40 substâncias carcinogênicas na urina de pacientes tabagistas como potenciais causas do câncer de bexiga nessa população.

Além do cigarro, outros fatores também podem causar esse tipo de câncer. É o caso de substâncias químicas como as aminas aromáticas.

“As aminas aromáticas são encontradas na urina de pacientes que trabalham na indústria de produção de borracha e tinturas, por isso atenção especial deve ser dada à investigação do câncer de bexiga nessa população”, detalha o especialista.

Os outros fatores de risco conhecidos do câncer de bexiga são a idade avançada e as infecções urinárias de repetição, em especial naqueles pacientes que precisam constantemente de manipulação da bexiga com sondas e auto-cateterismo.

Mais que um órgão

É importante ressaltar, que os prejuízos causados pelo consumo do cigarro ao organismo também podem acometer os chamados “fumantes passivos”, ou seja, pessoas que não fumam, mas convivem com tabagistas.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que “o tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer:

Leucemia Mielóide Aguda;
Câncer de Bexiga;
Câncer de Pâncreas;
Câncer de Fígado;
Câncer do Colo Do Útero;
Câncer de Esôfago;
Câncer de Rim e Ureter;
Câncer de Laringe (Cordas Vocais);
Câncer na Cavidade Oral (Boca);
Câncer de Faringe (Pescoço);
Câncer de Estômago;
Câncer de Cólon e Reto;
Câncer de Traqueia, Brônquios e Pulmão.

Isso significa que o hábito de fumar tem influência na saúde de boa parte dos órgãos e sistemas do organismo e pode causar danos severos.

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