O dono de uma loja de celulares reagiu a um assalto e atirou cinco vezes contra o homem que invadiu o estabelecimento, nesta quinta-feira (13), em Ponta Grossa (PR).
O que aconteceu
A cena foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Imagens mostram o momento em que o empresário está dentro da loja acompanhado pela esposa e outros dois funcionários, quando o suspeito armado e usando capacete chega e anuncia o assalto.
Ladrão vai em direção à esposa do dono da loja. Em seguida, o empresário, que estava atrás do balcão, pega uma arma que estava em sua calça e atira cinco vezes contra o suspeito, que cai ferido no chão.
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Suspeito é um jovem de 23 anos, que foi internado em estado grave no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Conforme informações da Polícia Civil do Paraná, o jovem continua internado, mas seu estado de saúde é considerado estável.
Arma do empresário está registrada e ele tem autorização para mantê-la no interior da loja, afirmou o delegado Lucas Andraus. “A conduta do empresário, de acordo com as informações colhidas até então, mostrou-se amparada pela legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude”.
Empresário reagiu “de modo proporcional à agressão que era sofrida”, disse Andraus. “Valendo-se do meio menos lesivo dentre os eficazes à sua disposição, no caso uma arma de fogo, ele repeliu o comportamento criminoso com moderação, porque tão logo cessado o comportamento criminoso, ele também interrompeu os disparos com a sua arma de fogo”.
Armas usadas pelo ladrão e pelo empresário foram recolhidas para serem periciadas. O suspeito usava um revólver calibre ponto 38 e estava com a numeração raspada. O dono da loja porta uma pistola calibre 9 mm — a arma do empresário será devolvida após a conclusão do laudo pericial.
Suspeito já tinha passagem pela polícia por tentativa de roubo com arma de fogo. Agora, ele foi autuado por tentativa de roubo e porte de arma de fogo. O jovem passará por audiência de custódia após deixar o hospital.
O empresário e as demais pessoas que estavam na loja prestaram depoimento. Como o suspeito, o proprietário do estabelecimento e as demais pessoas não tiveram os nomes revelados, não foi possível localizá-los para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.