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O que o Parque Estadual do Rio Chandless tem a ensinar sobre as mundanças climáticas?

O Parque Estadual Chandlless (PEC) com sua riqueza, biodiversidade da fauna, flora, espécies endêmicas e todo o potencial que possui foi alvo de um estudo com foco em insetos aquáticos que subsidiou o artigo, publicado na revista “Research, Society and Development, intitulado “A realidade do Parque Estadual Chandless e o seu potencial como área de estudos para a pesquisa de entomologia aquática no Sudoeste da Amazônia”.

O estudo foi feito pelo mestrando em Ciência, Inovação e Tecnologia para Amazônia (Cita), da Universidade Federal do Acre (Ufac), Valdemar de Matos Paula, e teve dentro de seu corpo de coautores os servidores da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) Flávia Dinah Rodrigues de Souza, gestora do parque, e o mestrando em ciências florestais Moises Parreiras Pereira.

“O potencial do PEC é alto e a importância desses estudos, super relevantes. como indicadores de eventuais mudanças climáticas, pois algumas espécies não se desenvolvem em águas mais quentes. Assim, o parque tem todas as condições logísticas de oferecer aos pesquisadores e os mesmos podem desfrutar de um ambiente ainda pouco estudado em comparação com outros sítios amazônicos”, explicou Flávia Dinah, gestora do parque.

O servidor da Sema Moisés afirmou que o acesso a informações por meio de artigos científicos pode inspirar a curiosidade científica e o interesse pela pesquisa entre membros da comunidade, especialmente as gerações futuras.

“A importância de abordar a temática dos insetos aquáticos e a ecologia da Floresta Amazônica, como mencionado no estudo realizado no Chandless, é fundamental por várias razões: conscientização ambiental e a disseminação dessas informações ajuda a população a entender a importância da preservação e conservação da biodiversidade local. Isso pode incentivar práticas sustentáveis e respeito pelo meio ambiente”, acrescentou.

O autor do artigo, que também é biólogo, trabalha com ecologia de ecossistemas aquáticos e explicou que a importância do estudo é a de descrever, apresentar e fornecer à comunidade acadêmica e principalmente a leiga, o potencial que existe nas UCs na área da pesquisa da conservação.

“A principal intenção do trabalho foi instigar o conhecimento de algo nosso, para que, assim, possamos conservar e garantir para as gerações futuras, seja a diversidade de insetos aquáticos, como também os lagos, igarapés e bacias do local. É preciso conhecer para conservar e isso só é possível indo a campo, conhecendo e partilhando dados científicos com a comunidade de forma geral”, finalizou.

O PEC é a maior Unidade de Conservação Estadual do Acre em área, ocupando 4% do estado e fica localizado nos municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira. Faz fronteira com o Peru e possui peculiaridades ambientais, como o Centro de Dispersão do Bambu na Amazônia ocidental.

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