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A falta de atividade física é um fator de risco para diversas doenças, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes. No Brasil, uma pesquisa mostrou que o sedentarismo não é uma escolha, mas reflexo de problemas sociais que dificulta o movimento.

De acordo com o estudo do Observatório da Atenção Primária da Umane, 48,3% dos brasileiros que moram nas capitais não fazem nenhum tipo de exercício físico. Saiba mais a seguir.

A pesquisa teve base no levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde de 2021. No recorte de gênero, as mulheres foram as mais afetadas pela falta de movimento — 54,4% contra 42,2% dos homens.

Contudo, ao investigar outros aspectos, como a educação, a incidência é maior entre aqueles que tem menos anos de estudo. Por exemplo, 64,5% dos indivíduos com até oito anos de estudo estão sedentárias.

Em contrapartida, o percentual cai para 47,3% entre pessoas com 9 a 11 anos de escolaridade. Para quem tem acesso à educação formal por 12 anos ou mais, o número despenca: 36,1%.

Ou seja, a falta de recursos à educação pode ser um fator essencial para a conscientização sobre a atividade física. Embora o estudo não explore essa perspectiva, fica subentendido que a educação está relacionada a melhores oportunidades de trabalho e renda.

Como resultado, a ascensão profissional impacta na qualidade de vida e no tempo livre daquele indivíduo, que tem a possibilidade de se cuidar mais.

Idosos precisam se exercitar mais
A maioria das pessoas que convive com o sedentarismo no Brasil é idosa, com 55 anos ou mais. A partir dessa idade até os 64 anos, 56% não realizam nenhum tipo de exercício; dos 65 anos em diante, a inatividade é ainda maior: 63,6%.

Já entre os jovens, a faixa etária mais ativa é dos 18 aos 24 anos, com 35,1% indivíduos sedentários. Entre os jovens adultos, a incidência do sedentarismo é de 43,1%.
As capitais do Brasil que mais sofrem com o sedentarismo
O estudo ainda detalhou quais capitais brasileiras possuem mais e menos habitantes sedentários. De acordo com o levantamento, as campeãs em falta de atividade física são:

Campo Grande (MS): 50,8%
Rio Branco (AC): 50,3%
Fortaleza (CE): 50,2%
Belo Horizonte (MG): 50%
Por fim, as capitais mais ativas são:

Florianópolis (SC): 60,7%
Vitória (ES): 58,6%
Curitiba (PR): 57,3%
Aracaju (SE): 56,9%
Distrito Federal (DF): 56,7%
Afinal, como incluir a atividade física na rotina?
O hábito de se exercitar pode ser um desafio para muita gente. Falta de tempo, local e cansaço frequente são as principais queixas de quem não consegue fazer uma atividade.

Contudo, qualquer movimento é benéfico para a saúde. Se você acha que precisa frequentar uma academia para começar a se mexer, é hora de rever essa crença.

Segundo as diretrizes Organização Mundial da Saúde, a recomendação é se exercitar pelo 150 a 300 minutos por semana sob intensidade moderada. Por exemplo, uma caminhada mais rápida todos os dias já faz a diferença. Trocar as escadas pelo elevador e andar após o almoço são meios simples de incluir mais exercício na rotina.

Até mesmo pequenas pausas já beneficiam: levante-se com frequência da cadeira ou do sofá e faça pequenas caminhadas dentro de casa ou do trabalho. Se possível, escolha um dia da semana para fazer uma atividade mais longa, como uma aula de dança on-line ou alongamentos.

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