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Orgulho para o Acre: parceria entre pecuária viabilizou status

Do Giro do Boi
Nesta quinta, dia 11, foi ao ar pelo Giro do Boi o último episódio da série Embrapa em Ação gravada na unidade Embrapa Acre. O tema da reportagem foi uma parceria entre diversos elos da cadeia produtiva da pecuária do estado (pecuaristas, pesquisadores e poder público) que viabilizaram a conquista do novo status sanitário como um dos estados livres de febre aftosa sem vacinação.

Segundo disse o pesquisador da Embrapa Acre Judson Valentin, PhD em agronomia, “a Embrapa teve um papel muito relevante na construção de um sistema de dados sobre o rebanho acreano”. Ele ressaltou parceria com o Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal), o que viabilizou o início dos trabalhos do instituto. Foi a semente do esforço que levou o Acre a ser hoje um dos estados livres de febre aftosa sem vacinação.

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FRUTOS DO TRABALHO CONJUNTO
Primeiramente a parceria da Embrapa com o Idaf teve como primeiro objetivo organizar o sistema de informações. “E, com isso, nós passamos a ter acesso a esses dados. Isso foi no início da década de 2000”, recordou.

Por exemplo, o pesquisador ilustrou alguns dos frutos da parceria. “O Acre hoje tem um rebanho de mais ou menos três e meio milhões de cabeças. E nós sabemos que, dos 23 mil produtores que fazem a pecuária bovina no estado, 96% são produtores que têm até 500 cabeças de gado. E esses 96% têm 60% do rebanho do Estado. Então isso é muito importante porque esses produtores são aqueles que fazem a cria e que fornecem os bezerros e bezerras para as fases de recria e engorda”, sustentou.

Atualmente ocupando o cargo de presidente do Idaf, José Francisco Thum também falou sobre a importância da união dos elos do setor, incluindo os pecuaristas. “Tem sido um trabalho desenvolvido ao longo de muitas décadas, envolvendo principalmente aos criadores aos pecuaristas do estado. E procuramos fazer um trabalho de modo a atender todas as demandas tanto do Ministério da Agricultura como também agora, mais recentemente, da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), quando a gente conseguiu o reconhecimento internacional”, destacou Thum.

SETOR PRODUTIVO
Conforme apontou o pecuarista e presidente do Fundepec, o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre, Alcides Teixeira, a participação do setor produtivo no trabalho foi também decisiva para levar a unidade federativa a ser um dos estados livres de febre aftosa sem vacinação.

“Nós temos 40 funcionários contratados e registrados no Fundepec à disposição do Idaf. E isso já tem cerca de 12 anos. Agora, para nós sermos livre de aftosa sem vacinação, o investimento do fundo no programa junto com Idaf e ministério da Agricultura foi muito alto, investimento, passou de R$ 4 milhões”, ressaltou Teixeira.

Nesse sentido, Judson Valentim reconheceu a importância dos pecuaristas no esforço para tornar o Acre um do estados livres de febre aftosa sem vacinação.

“É essencial que o próprio setor produtivo contribua com recursos para que, principalmente em momentos de crise, você possa dar seguimento a assas atividades (pesquisas e vigilância) sem risco para os próprios produtores”, declarou o pesquisador da Embrapa Acre.

MOTIVO DE ORGULHO
Como resultado, Alcides Teixeira, do Fundepec, exaltou o orgulho do dever cumprido. “Você pega um estado como Acre, que tem ao redor de 3,5 milhões ou mais um pouquinho de cabeça de gado, para nós sermos hoje um dos estados livre de febre aftosa sem vacinação. Isso é um orgulho para o estado, para o governador. É um orgulho para o Idaf, é orgulho do produtor rural e para o Mapa, que fez um trabalho muito bonito. […] Então o Acre hoje está viabilizado e eu acho que agora o crescimento da pecuária aqui vai ser muito bom”, concluiu o presidente do Fundepec.

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