O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) encaminhará ao Ministério Público Estadual (MPE) uma denúncia pela falta de condições de trabalho no Hospital Geral de Feijó. O motivo é a falta de profissionais para o fechamento das escalas de plantão, chegando a ter a disponibilidade de apenas um médico para atender a maternidade e ao pronto-socorro, ao mesmo tempo.
Segundo o presidente do Sindmed, Murilo Batista, um novo documento também será encaminhado à Secretaria de Estado de Saúde voltando a cobrar melhorias para a unidade de saúde do interior. No local, quando há médico convocado para atuar, no modo sobreaviso, o plantonista também precisa auxiliar o trabalho do colega durante uma cirurgia, não podendo realizar outros atendimentos até o final do procedimento.
“Quando há a convocação do colega de sobreaviso, o plantonista precisa entrar na sala de cirurgia para auxiliar, com isso os outros atendimentos são paralisados e, caso exista dois atendimentos urgentes, um ficará aguardando até o final da cirurgia, com isso o outro paciente corre risco de morte”, protestou o presidente do Sindicato.
O Sindmed também cobra o envio para o município de ginecologista/obstetra e outros especialistas para atender a população com maior efetividade, evitando o gasto com o Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
A denúncia aponta ainda que o Serviço Móvel de Urgência (Samu) não possui médico responsável para os deslocamentos, assim, em caso de urgência, o único médico do hospital terá que sair do plantão para levar paciente até Cruzeiro do Sul, deixando a unidade sem plantonista.
Com as dificuldades impostas, os médicos estão impedidos de gozar de direitos trabalhistas mais elementares e necessários para a saúde, como férias.
“Já tratamos das mesmas reivindicações com os gestores e, mais uma vez, levaremos o caso para o governo do Estado para cobrar uma resposta”, finalizou o Sindicalista.