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O Brasil vem enfrentando desde o “2º Governo Dilma” sucessivas quedas de relevância econômica global. O país que em 2012 ultrapassou o Reino Unido, sendo a sexta economia do planeta, e por pouco não superou a França, sendo a quinta; terminando o ano seguinte já na sétima posição: vê a pandemia de covid-19 puxar para trás a economia mundial em mais de cinco pontos, o maior recuo desde a Segunda Grande Guerra (PIB Global -4,9%).

A atual previsão do Banco Mundial, aponta um recuo na economia brasileira de 8%, a maior de sua história, desde que o Produto Interno Bruto começou a ser mensurado no Brasil. E este é o “menor dos problemas” neste cenário. Enquanto as maiores economias do mundo devem ter significativas altas em 2021 (EUA acima de 4%, China acima de 7%, Japão acima de 4,5% – de acordo com o BIRD).

O Brasil deve ter o segundo pior desempenho da América Latina – à frente apenas da Argentina – que já vinha de longa recessão muito antes da pandemia. E se você pensou na Venezuela, saiba que o Banco Mundial parou de avaliar o cenário econômico daquele país há algum tempo pela inconsistência das informações venezuelanas. Portanto, veja quão grave é o momento que nosso país atravessa.

Postas as cartas na mesa, o Brasil vai precisar de lastro financeiro para segurar uma máquina pública pesada, lenta, cara e ineficiente. E com este imenso recuo econômico, a arrecadação vai despencar. Já é hora de colocar uma enorme placa de “vende-se” nas portas das maiores estatais brasileiras e com elas levantar caixa pro país gerar novos negócios, manter em dias as linhas de fomento, economizar com os custos destas empresas públicas e arrecadar com os tributos que as (agora privadas) estatais vão gerar!

Mas apenas isso será suficiente? Infelizmente não. As reformas que estão encalhadas há meses (décadas) devem entrar em grau máximo de prioridade: Tributária, Política, Administrativa, Bancária e Orçamentária. O Brasil precisa passar a limpo suas bases estruturais e encarar o pós-covid como um verdadeiro pós-guerra. Com a vantagem que não vai ser necessário reerguer prédios e casas, mas é tão grave quanto.

Como já temos quase 1 milhão de brasileiros afetados pela doença e caminhamos para 50 mil irmãos ceifados pela pandemia: é entender que estamos perdendo uma guerra que não tínhamos (nem ninguém tinha) as armas adequadas para enfrentá-la e traçarmos o quanto antes um contra-ataque à altura da Seleção Brasileira de 58 – de Pelé e Garrincha – e virarmos esse jogo! Porque estamos perdendo!

O mundo tem fechado as portas pro Brasil pelos maus resultados consecutivos no controle da pandemia, diversos países já indicaram restrições à entrada de brasileiros em suas fronteiras e não deve tardar para que haja similaridades com os nossos produtos. É lendo este cenário que o governo brasileiro precisa pensar em fomento. E incentivar as cadeias primárias de produção, neste momento, passa obrigatoriamente por anistia de dívidas – especialmente as tributárias, bancárias, de mora, de juros e de multas.

É “começar de novo”. É dar ao Brasil, ao povo brasileiro, aos empresários, colaboradores, investidores, patriotas, desempregados, falidos, desesperados, endividados, suicidas, depressivos, incrédulos e todo tipo de gente que não tem a menor noção do que fazer daqui pra frente: um alento de esperança e quem sabe, uma chance de sonhar novamente com um país mais justo e que seja modelo para o mundo.

Daniel Ribeiro.

Fontes:
http://www.funag.gov.br
https://www.ibge.gov.br
https://www.worldbank.org/pt/publication/global-economic-prospects

*Daniel Ribeiro CEO da D’NEK, associativista, empresário, entusiasta de boas ideias. Diretor de Integração da Confederação Nacional de Jovens Empresários – CONAJE; Líder do Programa PASE VERDE da Federação Iberoamericana de Jovens Empresários – FIJE

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