Desde a década de 1990 o ambientalismo radical vem crescendo e dominando mentes no Brasil. O discurso ecológico, que prega primazia da natureza e submissão do homem, inicialmente pouco aceito pelo senso comum, foi sendo imposto e espalhado por uma incrível máquina ideológica paga a peso de ouro e representada por instituições do Estado, organizações internacionais e da sociedade civil.
De alguma forma, tornou-se avassaladora a naturalização da irracionalidade ecológica imposta na forma de mantra perverso. Pessoas, entorpecidas por tolices pseudocientíficas, aceitam abrir mão do progresso, do aumento das rendas e dos empregos em nome da preservação e conservação dos recursos naturais. É a opção pela pobreza e subdesenvolvimento.
Mitos travestidos de ciência e argumentos de autoridade são armas dos terroristas verdes. É terror aplicado às mentes. Poucos falsos discursos alcançaram tanto poder e glória como as falácias verdes. O sucesso foi tanto que o ambientalismo raiz caminha seriamente para se tornar uma seita de fanáticos. A condenação néscia da produção, do progresso e do capitalismo atenta contra a vida da sociedade humana e iguala homens a coisas e a animais. É anti-humano, desarrazoado e antiético.
Aos poucos e com muita dedicação de pessoas especiais e corajosas, os fracos e os débeis alicerces do discurso verde estão sendo destruídos. Verdadeiros cientistas denunciam com fartas evidências empíricas, por exemplo, a inexistência do tal aquecimento global antropogênico: a falácia suprema do IPCC da ONU. Estou grato de participar e ver crescer a pluralidade ideológica no Brasil. Acredito que a hegemonia avassaladora do discurso ambientalista foi rachada e em breve será quebrada.
Vozes discordantes nadam contra a maré do dinheiro, do prestígio e das honrarias acadêmicas que compram justificativas ideológicas a todo tipo de discurso progressista verde. Faço minhas homenagens a dois pioneiros do enfretamento às falácias globalistas dos ecoterroristas: professores Luiz Carlos Molion e Ricardo Felício. São dois gigantes do enfrentamento aberto e franco dos poderosos advindos da hegemonia ambientalista no Brasil.
Os acreanos sofreram durante 20 anos a implantação de um modelo ambientalista de governar. O legado deles, dos verdes no poder, foi de marasmo econômico, pobreza generalizada, violência urbana, falta de preservação e conservação dos rios, lagos e igarapés e completa inexistência de saneamento básico. Nem mesmo arborizar a capital os verdes petistas foram capazes de fazer. Implacavelmente perseguiram e achacaram produtores. Fizeram todos sentirem a mão forte da burocracia, da fiscalização autoritária e da inflexibilidade.
Em 2018 eles perderam as eleições. Foram rejeitados pelo povo acreano. Perderam também as eleições nacionais. Os eleitores, em sua maioria, elegeram um novo projeto para o país. Liberdade, progresso e ordem são os pilares do novo projeto.
No Senado, luto para dar visibilidade a vozes embasadas e discordantes da maré verde, para construir novas bases de desenvolvimento do povo acreano, pelas reformas liberalizantes e para remover entraves burocráticos, reguladores excessivos e cerceadores da liberdade e do avanço de quem produz.
Creio ser pertinente dar razão ao ministro Ricardo Salles: é preciso remover o entulho verde da legislação nacional.
*Marcio Bittar é Senador do MDB pelo estado do Acre