A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (FICCO/CE) deflagrou, na terça-feira (30/7), a Operação Boiúna, destinada a desarticular um esquema de lavagem de dinheiro no estado do Ceará. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de duas medidas cautelares de prisão, abrangendo localidades no Ceará e no Acre.
A investigação apontou que os suspeitos movimentaram cerca de R$ 10 milhões, oriundos de atividades ilícitas, com fortes indícios de ligação ao comércio ilegal de entorpecentes. A operação teve como objetivo desarticular um complexo mecanismo de lavagem de dinheiro, em que os envolvidos utilizavam empresas de fachada para legalizar ativos provenientes do crime, além de recorrer a sucessivos refinanciamentos de veículos de alto valor como método de branqueamento de capitais.
Entre as medidas cautelares executadas estão o sequestro de bens móveis, incluindo 34 veículos e três motoaquáticas, a apreensão de passaportes e a quebra do sigilo fiscal dos principais alvos. O patrimônio identificado envolve veículos de luxo, imóveis de alto padrão e cabeças de gado.
As investigações confirmaram que as empresas geridas pelo grupo não possuíam existência física no estado do Acre, e que os investigados não apresentaram lastro econômico compatível com as movimentações financeiras detectadas, nem com o padrão de vida ostentado. Constatou-se, ainda, que os envolvidos possuem antecedentes criminais, incluindo envolvimento direto com o tráfico de drogas e crimes patrimoniais.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (FICCO/CE) é uma cooperação entre a Polícia Federal (PF), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), a Polícia Militar do Ceará (PMCE), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).